Ato não indica que o bebê em formação esteja com sono, diz autora.
Descoberta pode dar origem a novos exames de saúde do feto.

Ato não indica que o bebê em formação esteja com sono, diz autora. Descoberta pode dar origem a novos exames de saúde do feto.

fetoboceja

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pela revista científica “PLoS One” revela que os fetos têm o hábito de bocejar. Estudos anteriores já mostravam outras práticas curiosas dos bebês dentro do útero, como soluçar, engolir e espreguiçar.

A equipe liderada por Nadja Reissland, da Universidade de Durham, na Inglaterra, filmou 15 fetos saudáveis em imagens 4D e analisou todas as vezes em que eles abriram a boca. Segundo os pesquisadores, foi possível distinguir claramente os bocejos de outras aberturas pela quantidade de tempo em que o bebê ficava com a boca aberta.

Embora a função do bocejo nos fetos ainda não esteja clara, os cientistas acreditam que haja alguma ligação com o desenvolvimento do bebê, já que ele boceja menos nos últimos três meses de gravidez. Isso poderia gerar, inclusive, uma nova maneira de examinar a saúde do feto.

“Ao contrário de nós, os fetos não bocejam contagiosamente, nem bocejam porque estão com sono”, afirmou Reissland. “Em vez disso, a frequência dos bocejos no útero pode estar ligada ao estágio da formação do cérebro no início da gestação”, completou.

Retirado de:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/11/estudo-mostra-que-fetos-bocejam-dentro-do-utero-da-mae.html

Segunda, 03 Dezembro 2012 13:38

Irlanda rechaça projeto de lei sobre aborto

aborto_en_irlandaCâmara dos Representantes do Parlamento da Irlanda rechaçou sexta-feira - 30/11 um projeto de lei a favor do aborto apresentado pelo Partido Socialista, que pretendia legalizar esta prática anti-vida em caso de risco para a saúde da mãe.

Conforme assinala a agência Efe, a decisão foi tomada após dois dias de debate depois do qual se votou por impedir a norma.

Antes da votação, a autora do projeto, a deputada socialista Clare Daly, insistiu aos legisladores a "não esperar outros seis meses" para tratar este tema porque este atraso, disse, poderia "ter trágicas consequências" para algumas mulheres como "aconteceu com Savita Halappanavar".

O caso de Savita Halappanavar foi manipulado pelos promotores do aborto que dizem que sua morte, ocorrida no dia 28 de outubro deste ano, aconteceu porque no Hospital Universitário de Galway não quiseram fazer-lhe o aborto.

Ela ingressou no Hospital Universitário de Galway em 20 de outubro, afligida por fortes dores nas costas. Ao pouco tempo os médicos indicaram-lhe que estava sofrendo um aborto espontâneo.

A mulher pediu que lhe fizessem um aborto, mas os médicos indicaram-lhe que não realizariam esse procedimento até que o coração do bebê deixasse de bater. Em 24 de outubro, a criança morreu e seu corpo foi retirado. Quatro dias depois, a mãe faleceu vítima de septicemia.

O Life Institute divulgou a manobra orquestrada pelos abortistas na Irlanda, ao planejar a difusão nos meios e a pressão política do trágico final da jovem.

A porta-voz do Life Institute, Niamh Uí Bhriain, revelou que tem em seu poder uma cópia de um correio eletrônico, na qual se evidencia que os abortistas conheciam o caso antes que este chegasse aos meios de comunicação, e "de forma muito desagradável (o) descreveram como uma ‘notícia importante para os meios’".

O correio, com data de 11 de novembro e remetido pela organização abortista Irish Choice Network (ICN), assegura que "uma notícia importante com relação ao aborto aparecerá nos meios de comunicação no início desta semana".

Por sua parte, MaterCare International assinalou que "com exceção do caso de Savita Halappanavar que foi trágico e fora do comum, a prática da medicina materna na Irlanda foi impecável nas décadas recentes. Irlanda, junto com outros países onde o aborto não está permitido por lei, tem uma das taxas de mortalidade materna mais baixas do mundo".

Irlanda, indicaram, é "um dos lugares mais seguros no mundo para que as mulheres deem à luz a seus filhos. Alterar dramaticamente estas bem-sucedidas práticas médicas para atender aos buliçosos e ignorantes lobistas seria um erro".

Os médicos católicos afirmaram que as críticas feitas pelo lobby abortista contra a Igreja "junto com um esforço organizado pelos grupos de pressão tratam de tirar proveito desta perda com o fim de mudar a Constituição da Irlanda para que permita o aborto livre".

A morte de Savita Halappanavar sublinharam, "é uma trágica perda", entretanto "não deve ser aproveitado pelos defensores do aborto a fim de promover sua própria ideologia e agenda política".

Os médicos católicos asseguraram que "se realmente desejamos salvar as vidas das mulheres que morrem durante o parto, devemos respeitar seus direitos como mães e brindar-lhes um cuidado compassivo e especializado".

Fonte: ACI Digital 

Quinta, 29 Novembro 2012 10:33

Adoção para o nascimento

Ciência & Vida: uma possibilidade de viver para os embriões criopreservados


"Em termos de adoção de embriões para o nascimento, estes dois dias de trabalho representam um ponto de partida importante para a reflexão sobre um tema que é impossível de ignorar", afirma Lucio Romano, presidente italiano da Associação Ciência & Vida, depois do X Congresso Nacional da entidade, realizado neste sábado, 24.

"A adoção para o nascimento é um tema de relevância particular e de inquestionável peso ético, jurídico e legislativo, e gostaríamos de evitar falar dele de forma conflitiva. Queremos uma dialética inclusiva, e não exclusiva, no pleno reconhecimento da dignidade da vida humana já em sua fase inicial de embrião", afirma Romano.

O segundo dia do congresso foi dedicado ao biodireito, com juristas discutindo atualidade e perspectivas da adoção de embriões para o nascimento.

Ferrando Mantovani, professor emérito de Direito Penal da Universidade de Florença, diz que "a criopreservação é uma anomalia, uma desumanidade e uma monstruosidade. É fato, no entanto, que a criopreservação é praticada. Diante disso, a escolha é deixar o embrião morrer com o tempo ou agir para que ele seja adotado para a vida, que ele possa viver a sua vida no ventre acolhedor de uma mãe e depois ser uma criança e um adulto normal".

Andrea Nicolussi, professor de Direito Civil na Universidade Católica de Milão, observa que "a lei não proíbe a adoção de embriões. Eu diria até que o espírito da lei é a favor, porque uma criopreservação por tempo indeterminado não respeita o princípio da dignidade humana . Além disso, a adoção do embrião poderia ser vista como uma boa alternativa para a fertilização heteróloga, justamente proibida por lei porque é uma simulação da filiação natural e introduz uma parentalidade assimétrica no casal. Na verdade, ela cria artificialmente em um dos esposos uma paternidade apenas legal, dissociada da biológica, e uma paternidade biológica e também legal no outro cônjuge, com problemas evidentes tanto nas relações do casal quanto nas relações de paternidade. Já a adoção de embriões une o casal na solidariedade para com o embrião concebido e abandonado, oferecendo a ele uma chance de vida e uma família".

Luciano Eusebi, professor de Direito Penal da Universidade Católica de Milão e membro do Conselho Nacional Ciência & Vida na Itália, destaca que "a geração de embriões não pode ser considerada liberada. Temos os princípios da Lei 40/2004, que, por um lado, tenta favorecer a qualidade das técnicas mais que o agir através da multiplicação dos embriões envolvidos, e, por outro, pretende que cada embrião gerado tenha a possibilidade da vida. Com a exigência de evitar tanto quanto possível a geração de embriões que não sejam imediatamente transferidos, há a necessidade de assegurar, hoje, que estes embriões sejam criopreservados de fato, evitando que eles simplesmente se deteriorem, perdendo qualquer vínculo com a sua geração”.

ratio moral entre o congelamento e o subsequente descongelamento de embriões é a perspectiva de que o embrião gerado in vitro, mas não imediatamente transferido para o útero, possa, no futuro, dar prosseguimento à sua existência. O único destino de acordo com a sua dignidade precisa torna possível o desenrolar da sua vida através da disponibilidade para adoção.

(Trad.ZENIT)

Fonte: ZENIT 

Depois de uma série de declarações imprecisas em uma entrevista dada a um jornal colombiano na semana passada, o Arcebispo de Bogotá e futuro cardeal, Dom Rubén Salazar, esclareceu que sua postura sobre o aborto e a eutanásia estão em sintonia com a doutrina da Igreja Católica.

Através de um comunicado com data de 22 de novembro, escrito de Roma onde o arcebispo se encontra para o Consistório deste sábado 24 de novembro no qual será criado cardeal junto a outros 5 prelados, Dom Salazar afirma que "algumas de minhas afirmações podem ter suscitado sérias inquietudes".

O arcebispo da capital colombiana se refere concretamente a declarações feitas durante a entrevista concedida ao jornal El Tiempo no dia 12 de novembro, pela qual o prelado considerou “necessário fazer as seguintes elucidações e precisões para corrigir qualquer ambiguidade às quais (suas afirmações) tenham dado lugar".

O futuro cardeal explica que "o aborto é um crime abominável (cf. Constituição Gaudium et Spes N. 51), portanto, sua despenalização não é aceitável em nenhum caso, tampouco é possível considerá-lo ou declará-lo um direito".

"Uma vez mais como o tenho feito em outras ocasiões expresso claramente meu rechaço à sentença da Corte Constitucional que despenalizou o aborto em alguns casos", ressalta.

Dom Salazar afirma também que "o embrião humano tem vida própria desde o momento mesmo de sua concepção e é um ser totalmente distinto da mulher, portanto ‘deve ser respeitado –como pessoa– a partir do primeiro instante de sua existência’ (João Paulo II, Instrução sobre o dom da vida I,1) e tratado com todo o respeito devido em todo o seu processo de desenvolvimento". 

O bispo assegura ademais que "em nenhum momento, nem por causa alguma o ser humano pode dispor de sua vida nem da vida de outros, e por isso o suicídio, o chamado ‘suicídio assistido’ e a eutanásia são moralmente inaceitáveis (cf. Encíclica Evangelium vitae 66). Ratifico novamente meu rechaço a qualquer lei do Estado que pretenda legalizar estas práticas".

Para concluir, Dom Rubén Salazar convidou "todos os colombianos, desde minhas convicções profundas, a promoverem uma autêntica cultura da vida humana, na qual esta seja defendida e respeitada a partir do momento da concepção até a morte natural".

Fonte: ACI Digital 

Técnica destina-se aos casais que não aguentam esperar o bebê chegar.

Além do corpo inteiro, há versão em chaveiro e figura de rosto da criança.Uma empresa de engenharia japonesa usa técnicas de computador em 3D para criar modelos em resina de fetos e vendê-los aos pais ansiosos que não aguentam esperar o bebê chegar para mostrar ao mundo como o filho se parece.

Na imagem abaixo, captada na segunda-feira (26), Tomohiro Kinoshita, um dos funcionários da companhia Fasotec, mostra um feto de 9 meses feito em duas cores de resina acrílica, na sede da empresa, em Chiba, subúrbio de Tóquio.

Feto-3D 

A peça tem 9 centímetros de comprimento e está envolta em um bloco transparente que tem o formato do corpo da mãe. O molde é desenhado em uma impressora tridimensional após um exame de ressonância magnética.

 Feto2_3D

Na foto acima, além do molde, há um chaveirinho e uma figura de rosto da criança disponíveis para venda.
 
Retirado de: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/11/empresa-japonesa-cria-moldes-de-fetos-em-3d-para-pais-ansiosos.html 

Jovem começa a tomar pílula e sofre sete infartos um mês depois, diz jornal

Exames confirmaram que o anticoncepcional provocou o problema. Formação de coágulos é um efeito colateral conhecido do tratamento. 


Uma inglesa sofreu sete infartos após um mês tomando pílulas anticoncepcionais, e felizmente foi atendida a tempo de sobreviver à situação de emergência. As informações são do jornal "Daily Mail".

Um efeito colateral conhecido da pílula anticoncepcional é a formação de coágulos, que aumentam o risco de trombose, mas também de outros problemas cardiovasculares, como a embolia pulmonar, o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). A mulher que fuma enquanto toma a pílula, por exemplo, aumenta o risco de sofrer doenças desse tipo.

Alyce Clark é uma jovem atlética e não fuma, mas sofreu as consequências da coagulação exagerada do sangue que a pílula provoca. Seu grande susto veio quando ela tinha 19 anos e tomava o anticoncepcional havia apenas um mês.

Alyce estava em casa, se recuperando de uma contusão nas costas sofrida em um acidente de equitação. Ela subiu as escadas para falar com sua mãe, mas ficou tonta de repente e acabou desmaiando – e caiu escada abaixo.




Alyce Clark sofreu sete infartos aos 19 anos (Foto: Reprodução/Daily Mail)

No hospital, os médicos precisaram fazer o procedimento de ressuscitação sete vezes, e chegaram a sugerir aos pais que se despedissem da filha. Depois de várias doses de anticoagulantes, dois dias na terapia intensiva e mais cuidados médicos, ela se recuperou e não voltou a apresentar os problemas.

A jovem hoje tem 22 anos, e só agora veio a certeza de que o fator determinante para a sua condição realmente foi a pílula. A resposta veio de exames minuciosos feitos nos laboratórios da University College de Londres.

"Eles queriam ter certeza de que os coágulos não tinham sido causados por nenhum outro fator antes de pôr a culpa na pílula. Mas eu sabia que tinha que ser isso. Eu era uma adolescente em ótima forma, amava esportes, não fumava, não bebia nem usava drogas. É bom ter uma explicação depois de tantos anos", comentou Alyce ao "Daily Mail".

Fonte: G1 noticias

As novelas brasileiras influenciam as ideias das mulheres sobre o divórcio e têm impacto significativo sobre as taxas de natalidade. Essas foram as conclusões de dois estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Os estudos analisaram o papel da TV no comportamento dos brasileiros durante três décadas. Intituladas "Novelas e fertilidade: evidências do Brasil" e "Televisão e divórcio: evidências de novelas brasileiras", as pesquisas apontaram diferenças marcantes entre as regiões cobertas e não cobertas pelo sinal de televisão.

Uma das constatações dos estudos foi que as taxas de fertilidade no país caíram 60% desde a década de 1970 e os divórcios aumentaram mais de cinco vezes desde a década de 1980. Neste último período, a presença de aparelhos de televisão aumentou dez vezes no país. Hoje, cobre mais de 80% das residências brasileiras.

Essa expansão, principalmente da Rede Globo, que alcançou cobertura de 98% dos municípios do país na década de 1990, permitiu que os pesquisadores analisassem como a chegada do sinal afetou os indicadores sociais nessas regiões.

O primeiro estudo mostrou que as taxas de fertilidade foram significativamente mais baixas nas áreas alcançadas pelo sinal da Rede Globo. A probabilidade de uma mulher ter um filho nas áreas cobertas pela TV caiu 0,6 ponto percentual a mais do que nas áreas sem cobertura. O efeito é comparável a um aumento de dois anos no nível de escolaridade das mulheres.

Divórcio é maior em áreas cobertas pelo sinal de TV

A mesma pesquisa também revelou um impacto da TV sobre os divórcios, principalmente nas pequenas comunidades em que grande parte da população tem acesso ao sinal. Nelas, houve um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual no número de mulheres entre 15 e 49 anos divorciadas ou separadas.

Os dois estudos analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Estatisticamente, elas mostram um modelo de família bem específico: pequena, atraente, branca, saudável e urbana. Entre as principais personagens femininas, 62% não tinham filhos e 21% tinham apenas um. Em geral, as famílias mais felizes eram pequenas e ricas, enquanto as infelizes eram pobres e numerosas.


Fonte: O Globo 

Quinta, 22 Novembro 2012 11:29

Deturpando o significado da paternidade

Diagnóstico pré-implantatório: nota do Centro de Bioética da Universidade Católica de Cagliari sobre decisão de tribunal da cidade

A sentença do Tribunal de Cagliari [Itália], que procura legitimar o diagnóstico pré-implantação de embriões, contrariando a proibição original da lei 40, deve ser criticada por todos aqueles que enxergam o que realmente está em jogo: na ausência da possibilidade de intervenção terapêutica, ela se reduz a uma ferramenta de seleção, que conduz à eliminação de seres humanos em estado embrionário.

Trata-se de uma configuração eugenética, pois ela nega o direito à proteção da vida, ao cuidado e ao tratamento dos embriões afetados por patologias.

O diagnóstico pré-implantação não pode ser justificado em nome do amor pelos filhos, porque argumenta que é melhor não ter nascido que viver com uma doença. Essa lógica se une à disseminação de uma mentalidade que considera como um peso as pessoas deficientes nas fases posteriores da vida. A hostilidade contra a doença se torna hostilidade contra os doentes.

A sentença judicial endossa a distorção do significado da paternidade, desenlaçando-a da aceitação e da responsabilidade e transformando-a em um projeto produtivo, no qual a geração é colocada sob o signo da reserva mental: seleção, descarte e escolha do saudável. É preciso refletir sobre este fenômeno. Sacralizar judicialmente o direito a um filho saudável é coisa muito diferente do desejo de saúde e significa simplesmente reafirmar o direito do mais forte em detrimento dos mais fracos.

Inflige-se ainda uma ferida à medicina e à pesquisa científica, que, na eliminação do ser humano afetado pela patologia, encontra o seu fracasso.

Sobre estes assuntos, não é possível confiar-se apenas ao modelo "emotivista" privilegiado por muitos meios de comunicação: está em jogo uma questão ético-política que não pode seguir o caminho curto de sentenças autorreferenciais, que, com uma decisão, pretendem encerrar qualquer debate mais amplo nos âmbitos civil e parlamentar.

* www.centrodibioetica.it

Fonte: Zenit 

ppbxvi061112Em sua mensagem aos participantes da edição portuguesa do Átrio dos Gentis, onde se reúnem tanto crentes como não crentes para dialogar, o Papa Bento XVI afirmou que a vida não não deve ser entendida como algo que se possa dispor livremente, mas como dom a guardar fielmente.

“A consciência da sacralidade da vida que nos foi confiada, não como algo de que se possa dispor livremente, mas como dom a guardar fielmente, pertence à herança moral da humanidade. «Mesmo entre dificuldades e incertezas, cada homem sinceramente aberto à verdade e ao bem, com a luz da razão e não sem o secreto influxo da graça, pode chegar a reconhecer na lei natural inscrita no coração (cf. Rm 2, 14-15) o valor sagrado da vida humana desde o primeiro momento do seu início até ao seu termo» (Enc. Evangelium vitae, 2). Não somos produto casual da evolução, mas cada um de nós é fruto de um pensamento de Deus: somos amados por Ele.”, assinalou.

O Papa explicou que a razão pode aferrar o valor da vida, mas só o amor infinito e onipotente de Deus dá a vida eterna. “Esta é a certeza que a Igrejaanuncia”, indicou.

Bento XVI lamentou que na idade moderna, o homem tenha querido “subtrair-se ao olhar criador e redentor do Pai (cf. Gn 4, 14), fundando-se sobre si mesmo e não sobre o Poder divino" e não em Deus.

“É preciso tornar a abrir as janelas, olhar de novo a vastidão do mundo, o céu e a terra e aprender a usar tudo isto de modo justo. De facto, o valor da vida só se torna evidente, se Deus existe. Por isso, seria bom se os não-crentes quisessem viver «como se Deus existisse». Ainda que não tenham a força para acreditar, deviam viver na base desta hipótese; caso contrário, o mundo não funciona. Há tantos problemas que devem ser resolvidos, mas nunca o serão de todo, se Deus não for colocado no centro, se Deus não se tornar de novo visível no mundo e determinante na nossa vida. Aquele que se abre a Deus não se alheia do mundo e dos homens, mas encontra irmãos: em Deus caem os nossos muros de separação, somos todos irmãos, fazemos parte uns dos outros”, afirmou o Santo Padre.

“Meus amigos, gostava de concluir com estas palavras do Concílio Vaticano II aos homens de pensamento e de ciência: «Felizes os que, possuindo a verdade, a procuram ainda a fim de a renovar, de a aprofundar, de a dar aos outros» (Mensagem, 8 de dezembro de 1965). Tal é o espírito e a razão de ser do «Átrio dos Gentios». A vós comprometidos de várias maneiras neste significativo empreendimento, manifesto o meu apoio e dirijo o meu mais sentido encorajamento. O meu afeto e a minha bênção vos acompanham hoje e no futuro”, concluiu o Pontífice.


Fonte: ACI Digital 

Mensagem de Bento XVI na abertura do 'Átrio dos Gentios' em Portugal

Bento XVI enviou mensagem aos congregados no «Átrio dos Gentios», que se inaugura em Portugal nos dias 16 e 17 de Novembro de 2012, “reunindo crentes e não-crentes ao redor da aspiração comum de afirmar o valor da vida humana sobre a maré crescente da cultura da morte”.

A mensagem destaca que “a consciência da sacralidade da vida que nos foi confiada, não como algo de que se possa dispor livremente, mas como dom a guardar fielmente, pertence à herança moral da humanidade”.

O Papa enfatiza que “não somos produto casual da evolução, mas cada um de nós é fruto de um pensamento de Deus: somos amados por Ele”.

Mas, se a razão pode alcançar tal valor da vida, porquê chamarem causa Deus? Bento XVI responde à questão citando uma experiência humana: “a morte da pessoa amada que é, para quem a ama, o acontecimento mais absurdo que se possa imaginar”,mas, “a mesma morte da mesma pessoa aparece, aos olhos de quem não ama, como um acontecimento natural, lógico (não absurdo)”.

“A primeira posição, explica o Papa, só é defensível, se cada pessoa for amada por um Poder infinito; e aqui está o motivo por que foi preciso apelar a Deus”.

“O amor finito é impotente; o Amor infinito é omnipotente”, continuou a mensagem, recordando o anúncio da Igreja: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16)”.

De acordo com Bento XVI, na “modernidade o homem quis subtrair-se ao olhar criador e redentor do Pai (cf. Gn 4, 14), fundando-se sobre si mesmo e não sobre o Poder divino”.

Para o Papa “é preciso tornar a abrir as janelas, olhar de novo a vastidão do mundo, o céu e a terra e aprender a usar tudo isto de modo justo”. “De fato, o valor da vida só se torna evidente, se Deus existe”.

“Aquele que se abre a Deus não se alheia do mundo e dos homens, mas encontra irmãos: em Deus caem os nossos muros de separação, somos todos irmãos, fazemos parte uns dos outros”, afirma Bento XVI.

O texto da mensagem faz referência às palavras do Concílio Vaticano II aos homens de pensamento e de ciência: «Felizes os que, possuindo a verdade, a procuram ainda a fim de a renovar, de a aprofundar, de a dar aos outros» (Mensagem, 8 de Dezembro de 1965). “Tal é o espírito e a razão de ser do «Átrio dos Gentios»".

“A vós comprometidos de várias maneiras neste significativo empreendimento, manifesto o meu apoio e dirijo o meu mais sentido encorajamento. O meu afeto e a minha bênção vos acompanham hoje e no futuro”, conclui Bento XVI.

Fonte: Zenit 

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