Vigário de Trieste para Laicato e Cultura explica por que a Igreja Católica é fiel ao Magistério

Dom Ettore Malnati

Nas ordenações episcopais da última Epifania, Bento XVI afirmou que o relativismo já penetrou em muitos gânglios da sociedade ocidental, envenenando "os seus primeiros princípios", ou seja, os direitos naturais que deveriam nortear, independentemente de culturas ou religiões, as consciências dos indivíduos e das comunidades civis. Esta é a única maneira de educar a pessoa e a sociedade civil como resposta à verdade antropológica na sua dignidade natural.

Entre esses princípios está o matrimônio, que só é tal entre homem e mulher. Outras "alquimias" não podem ser chamadas de matrimônio sem comprometer a natureza do casamento em si. Esta posição clara não pode ser desfigurada a ponto de ser confundida com homofobia.

A Igreja católica não marginaliza os homossexuais como pessoas, mas diz que a homossexualidade é uma desordem. Existe um documento da Igreja católica para a pastoral dirigida a esses cristãos, que, como tais, têm direitos e deveres na Igreja e na sociedade, conformes à ética que incorpora os direitos naturais e a moralidade cristã.

Sobre as dificuldades matrimoniais, é de recordar-se que a Conferência Episcopal Italiana, já faz algum tempo, indicou no Diretório da Família, com destaque, a atenção pastoral que deve sempre acompanhar o trabalho da Igreja. É preciso dizer, no entanto, que a Igreja não é "dona dos sacramentos", mas fiel guardiã da vontade positiva de Cristo. Se negligenciasse este papel, ela minaria a eficácia dos sacramentos.

O mesmo se aplica ao ministério ordenado para as mulheres. O divisor de águas é sempre a vontade de Cristo. Não se trata de um discurso sociológico. É simplesmente o critério relacionado com o que Cristo transmitiu.

Seguindo a Cristo há muitas mulheres. Foi a uma mulher que ele confiou o anúncio da pedra angular do cristianismo, que é a ressurreição. Mas apenas aos doze apóstolos ele deu o "ministério ordenado", dizendo, na Última Ceia: "Fazei isto em memória de mim".

Desde o nascimento das primeiras comunidades cristãs, quem preside a eucaristia e guia a comunidade é um apóstolo ou um discípulo. É claro que há também a diaconisa mencionada por Paulo na carta aos romanos, mas não como responsável pela comunidade. Nunca, nem a Igreja ortodoxa nem a latina tiveram um ministério ordenado diferente daquele dos primeiros séculos. E isto não se deve apenas a motivos culturais ligados àquele tempo. Sobre estas questões, a Igreja católica se questionou várias vezes desde o Concílio Vaticano II até o último Sínodo dos Bispos, em outubro passado. Dizer não, por causa da verdade objetiva, não é má vontade, como tampouco seria falta de sensibilidade tirar de alguém um objeto perigoso.

A Igreja católica, em seu magistério ordinário e extraordinário, não pode deixar de ser fiel ao seu Senhor, na atenção aos sinais dos tempos que, como dizia o papa João XXIII e o próprio concílio, desafiam a pastoral da Igreja, mas não podem mudar a sua doutrina. O que cada pastor deve considerar é este sábio adágio latino: Amicus Plato sed magis amica veritas.

 Fonte: Zenit

hobby lobbyA empresa americana Hobby Lobby, líder na indústria de arte e artesanatos, decidiu não obedecer ao mandato abortista do presidente Barack Obama, e corre o risco de pagar multas diárias de até 1,3 milhões de dólares.

A  norma do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HSS, por suas siglas em inglês), obriga aos empregadores, independentemente de suas convicções religiosas, a outorgar planos de saúde que cubram a esterilização, anticoncepcionais e fármacos abortivos como a pílula do dia seguinte.

 Hobby Lobby é um dos mais de 100 demandantes em todo o país que decidiram rejeitar esta lei que viola os direitos de liberdade religiosa garantidos na Constituição.

Nas redes sociais estão circulando diferentes páginas de apoio a Hobby Lobby. Entre estas iniciativas está um abaixo assinado que já tem mais de 64 mil assinaturas e onde se faz um chamado a que se pronunciem “todos os norte-americanos que valorizam a liberdade religiosa e se opõem ao injusto mandato imposto pelo HSS”.

Outra forma proposta para apoiar a Hobby Lobby é a compra de seus produtos de forma virtual ou nos locais da loja. Alguns chegam a comentar coisas como “não preciso de nada daí, mas irei comprar porque estou de acordo com eles”.

Em sua página do Facebook o ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, fez um chamado a todos os norte-americanos para que apoiem à companhia, sublinhando que os donos “honram a Deus em sua vida pessoal e em seus negócios”.

A companhia está decidida a esgotar todos os meios legais para lutar contra esta norma, inclusive apesar de que recentemente lhe foi negada uma apelação que buscava bloquear a multa que lhe é aplicada diariamente desde o dia 1º de janeiro, conforme assinalou o representante legal da empresa, Kyle Duncan.

Duncan precisou que enquanto dure a batalha legal, Hobby Lobby seguirá pagando a todos seus empregados um plano de saúde que não inclui nem a esterilização, nem os anticoncepcionais ou fármacos abortivos.

Hobby Lobby tem 525 lojas em mais de 40 estados do país. Foi fundado em Oklahoma por David Green, um cristão evangélico de sólidos princípios morais que explicou que a fé cristã influi em cada aspecto de sua vida, incluindo as decisões trabalhistas.

As lojas Hobby Lobby fecham todos os domingos, renunciando ao dinheiro que poderiam arrecadar nesses dias, para que os trabalhadores descansem e compartilhem com suas famílias. Também doam quantidades significativas a obras de caridade ao redor do mundo.

Fonte: ACI Digital 

Bento XVI reafirma empenho da Igreja pelo respeito pela vida humana em todas as suas fases.

Cidade do Vaticano, 07 jan 2013 (Ecclesia) – Bento XVI alertou hoje no Vaticano para a necessidade de defender a “dignidade transcendente da pessoa”, condenando o aborto, eutanásia e as tentativas de redefinir o “momento da conceção”.

“O aborto direto, ou seja, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral. Ao dizer isto, a Igreja Católica não pretende faltar de compreensão e benevolência nomeadamente para com a mãe; trata-se, antes, de velar para que a lei não altere, injustamente, o equilíbrio entre o igual direito à vida que possuem tanto a mãe como o filho”, disse, no encontro de ano novo com os representantes diplomáticos acreditados na Santa Sé.

O Papa reafirmou o compromisso da Igreja Católica no “respeito pela vida humana, em todas as suas fases” e saudou a resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa que pediu a proibição da eutanásia, “entendida como a morte voluntária, por ação ou omissão, de um ser humano em condições de dependência”.

Neste domínio, Bento XVI disse ser “fonte de preocupação a recente sentença da Corte Interamericana dos Direitos do Homem relativa à fecundação ‘in vitro’, que redefine arbitrariamente o momento da conceção e debilita a defesa da vida pré-natal”.

Numa decisão publicada a 28 de novembro, o organismo afirmou que a ‘conceção’ só ocorre no momento em que o embrião é implantado no útero, pelo que não seria considerado sujeito a direitos, fora do “corpo da mulher”.

O Papa manifestou-se também a sua “tristeza” por observar que “em vários países, mesmo de tradição cristã, se procurou introduzir ou ampliar legislações que despenalizam o aborto”.

“Infelizmente circulam, sobretudo no Ocidente, numerosos equívocos sobre o significado dos direitos humanos e seus deveres correlativos”, lamentou.

Bento XVI condenou ainda o que classificou como “atentados à liberdade religiosa”, seja pela “marginalização da religião na vida social” como pela “intolerância ou mesmo violência contra pessoas, símbolos identificadores e instituições religiosas”.

“Além disso, para salvaguardar efetivamente o exercício da liberdade religiosa, é essencial respeitar o direito à objeção de consciência. Esta «fronteira» da liberdade toca princípios de grande importância, de caráter ético e religioso, radicados na própria dignidade da pessoa humana”, acrescentou.

Segundo o Papa, “proibir a objeção de consciência individual e institucional, em nome da liberdade e do pluralismo, abriria, ao invés e paradoxalmente, as portas precisamente à intolerância e ao nivelamento forçado”.

A Santa Sé mantém relações diplomáticas com 179 Estados e está presente em várias organizações internacionais, tendo o estatuto de Estado observador na ONU.

Portugal esteve representado no encontro pelo encarregado de negócios da embaixada junto do Vaticano, Luís de Albuquerque Veloso, e o conselheiro eclesiástico, Mons. Fernando de Matos, num momento em que se aguarda a confirmação da escolha de António Almeida Ribeiro como novo embaixador.

Bento XVI entrou na Sala Régia do Palácio Apostólico do Vaticano acompanhado pelo padre luso-canadiano José Avelino Bettencourt, chefe de protocolo da Secretaria de Estado.

Fonte: Agencia Ecclesia 

Na capa de sua edição de janeiro de 2013, a famosa revista americana Times, assegura que embora "40 anos atrás, os ativistas do direito ao aborto obtiveram uma épica vitória com (a sentença da Corte Suprema no caso) Roe vs. Wade", que permitiu a legalização do aborto nos Estados Unidos, "eles estiveram perdendo desde então" para os pró-vidas.

Conforme explica Kate Pickert, autora do artigo de capa, desde que em janeiro de 1973 a Corte Suprema dos Estados Unidos converteu em um direito federal o acesso ao aborto, "o movimento pro-choice (abortista) vem  perdendo" as suas lutas.

"Em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que em muitos lugares desde a década de 1970".

Pickert assinalou que "há menos médicos dispostos a realizar o procedimento e menos clínicas abortistas no negócio".

"Os ativistas pro-choice (abortistas) foram ultrapassados por seus contrapartes pró-vidas, que pressionaram exitosamente para obter regulações estatais que limitam o acesso" ao aborto, escreveu.

"Muitos estados requerem atualmente que as mulheres passem por aconselhamento, períodos de espera ou ultrassons antes de submeter-se a abortos", indicou.

Para a jornalista americana, "a causa pró-vida esteve ganhando a guerra do aborto, em parte, porque buscou uma estratégia organizada e bem executada".

Além disso, reconheceu, "a opinião pública está crescentemente" do lado pró-vida.

"Graças ao ultrassom pré-natal e aos avanços da neonatologia, os americanos podem agora saber como se vê um feto e que os bebês nascidos tão prematuramente como às 24 semanas agora podem sobreviver", assinalou Pickert.

A jornalista da Times disse que "apesar de que três quartos dos americanos acreditarem que o aborto deveria ser legal em alguns ou todos os casos, a maioria apoia leis estatais que regulem o procedimento, e cada vez menos se identificam a si mesmos como ‘pro-choice’ nas pesquisas de opinião pública".

Pickert também retratou a divisão geracional que destrói por dentro a causa abortista, pois "os jovens ativistas do direito ao aborto reclamam de que as líderes das organizações feministas", que tinham 20 ou 30 anos quando se legalizou o aborto nos Estados Unidos, "não estão dispostas a passar a tocha às novas gerações".

Entretanto, para Kate Pickert, um dos principais motivos da derrota dos promotores do aborto é que "em uma democracia dinâmica como os Estados Unidos, defender o status quo é sempre mais difícil que lutar para mudá-lo".

Uma das expressões mais claras do avanço da causa pró-vida nos Estados Unidos é a multitudinária marcha nacional pela defesa da vida que mobilizam centenas de milhares de pessoas, com frequência ignoradas pelos meios, todos os anos em janeiro, no aniversário da sentença de Roe vs. Wade.

A última marcha, em 2012, reuniu mais de 400 mil pessoas que durante várias horas suportaram intenso frio, neblina e até chuva enquanto percorriam as principais ruas da capital americana até a sede do Capitólio.

Fonte: ACI Digital 

 

Em 02 e 03 de fevereiro de 2013, será realizado o III Seminário Alegrias e Desafios da Comunicação no Matrimônio, em Brasília, DF.

Em 02 e 03 de fevereiro de 2013, será realizado o III Seminário Alegrias e Desafios da Comunicação no Matrimônio, em Brasília, DF.

Descrição

Matrimônio: fonte de realização pessoal

A vida conjugal, ao se renovar diariamente, depende fundamentalmente de aspectos de unidade que nascem e crescem na comunicação entre os cônjuges. Portanto, a qualidade dessa comunicação é determinante para que através dos anos o matrimônio se mantenha feliz, jovial e repleto de um amor profundo e ao mesmo tempo apaixonado, não obstante as demandas e desafios tão próprios da vida em família.

Objetivos do Seminário

Neste Seminário, explora-se a dinâmica da comunicação conjugal com a finalidade de tornar a convivência do casal, e conseqüentemente de toda a família, alegre, positiva e condutora ao crescimento.
Abordam-se o profundo e completo sentido do pacto matrimonial, a percepção das distintas necessidades dos cônjuges, o conhecimento recíproco das diferenças caracterológicas, as conhecidas e anedóticas distinções da comunicação masculina e feminina, e formas efetivas de construção de consenso e resolução de conflitos.
Tudo isso, dentro de um adequado equilíbrio entre teoria e exemplos práticos onde os participantes, ao mesmo tempo que mantêm sua intimidade preservada, podem levantar questões para facilitar o entendimento.

Público Alvo

Casais interessados em aprimorar a comunicação em seus matrimônios. Aberto também a noivos.

Realização

www.alegriasedesafios.net

Apoio

cnef.org.br

Retirado de: https://sites.google.com/a/alegriasedesafios.net/comunicacao2013a/

 

Foto foi tirada pelo pai da criança, chamada Nevaeh.
Mãe descreveu momento como 'algo para se lembrar para sempre'.

Foto foi tirada pelo pai da criança, chamada Nevaeh. Mãe descreveu momento como 'algo para se lembrar para sempre'.

Após a cirurgia de cesariana para o nascimento da filha, a americana Alicia Atkins, moradora de Phoenix, no estado do Arizona, publicou uma imagem que mostra a pequena Nevaeh apertando o dedo do médico, Allan Sawyer, assim que sua mão deixa o útero da mãe.

A fotografia, feita pelo marido de Alicia, se espalhou pela rede e, até o momento, possui mais de 1.700 compartilhamentos. “É algo para se lembrar para sempre”, definiu a mulher.  

bebededo1

Retirado de:
http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2013/01/bebe-que-segura-dedo-de-medico-ao-nascer-vira-sensacao-na-web.html

Victoria  Soto era uma professora cristã de origem porto-riquenha no colégio Sandy Hook em Connecticut (Estados Unidos) que conseguiu salvar a vida de 17  crianças no dia do massacre perpetrada por Adam  Lanza , que deixou como trágico saldo a morte de 27 pessoas, entre eles 20 pequenos e o próprio assassino, que cometeu suicídio depois da matança.

Soto, de 27 anos, reagiu rapidamente quando escutou os disparos no sala de aula vizinha que Lanza   havia invadido. Ela disse às 17  crianças que os ruídos eram parte de uma brincadeira e que para ganhar deviam esconder-se nos armários da sala e permanecer em silêncio. Os pequenos a obedeceram.

Segundo diversos meios locais, quando  Lanza   ingressou na sala de aula,  Victoria  disse que as  crianças  estavam em aula de ginástica mas a explicação não convenceu o homicida. Ele abriu fogo contra um dos armários e ela se colocou entre as balas e as crianças  para protegê-los, o terminou custando sua vida.

"Abrace os seus seres queridos e diga-lhes quanto você os ama porque nunca se sabe quando você voltará a vê-los outra vez. Faça-o em homenagem a Vicki", escreveu em sua conta de twitter Carlee Soto, a irmã da professora assassinada, no sábado 15 de dezembro, um dia depois do massacre.

Um primo de Victoria , Jim Wiltsie, disse que Victoria  "perdeu a vida fazendo o que amava. Ela amava essas crianças  e sua meta na vida era chegar a ser uma professora para moldar estas jovens mentes".

Victoria , graduada na Eastern Connecticut State University, estava estudando para obter um mestrado em educação para deficientes na Southern Connecticut State University. Soto trabalhou durante 5 anos no colégio Sandy Hook.

"Temos uma professora que estava mais preocupada com seus alunos que por ela. Isso fala de seu caráter, seu compromisso e sua dedicação”. Assim assinalou o prefeito John Harkins de Stratford durante um memorial celebrado no sábado ao qual compareceram 300 pessoas em declarações reunidas pela Associated Press (AP).

Victoria Soto vivia com seus pais e suas irmãs e frequentava a Lordship Community Church em Stratford. Uma de suas amigas, Andrea Crowell, disse à AP que a professora "pôs suas crianças em primeiro lugar. Ela sempre falava disso. Ela quis fazer o melhor por eles, ensinar-lhes algo novo cada dia".

Fonte: ACI Digital 

Amanhã na Universidade Católica de Roma, promovido pelo Centro de Ateneu pela Vida, o Congresso sobre o estado da arte das investigações sobre unidades de terapia intensiva

Uma unidade de terapia intensiva “aberta”, acessível aos familiares dos pacientes, especialmente quando se trata de crianças, é um modo para aliviar o sofrimento dos doentes, mas também para proteger os mesmos familiares da ansiedade, estresse, depressão e síndrome do estresse pós-traumático que podem persistir por vários meses após a alta dos próprios entes queridos. A UTI precisa de um re-styling que a faça acolhedora e humana para as pessoas hospitalizadas e os familiares, sem limitar por isso a eficácia dos tratamentos que são fornecidos.

Este é um dos temas principais do Congresso "Cuidar de pacientes em UTI: Os tempos estão mudando", promovido pelo Centro de Ateneu para a Vida da Universidade Católica do Sacro Cuore que será amanhã, quarta-feira, 19 de dezembro de 2012 no centro de Congressos Europa (Sala Itália, largo F.Vito 1, das 10hs às 18hs). O objetivo principal do congresso é “traçar um panorama nacional e internacional sobre a importância dos aspectos éticos e humanos no fornecer os cuidados aos pacientes mais frágeis, conjugando competência e eficácia com a humanidade e a partilha, por meio de corretas  estratégias comunicativas e processos educacionais”, explica o professor Massimo Antonelli, responsável da UTI Pronto Socorro, Reanimação e Terapia Intensiva do Gemelli, presidente da Sociedade Italiana de Unidade de Terapia Intensiva e Anestesia e diretor do Centro de Ateneu para a Vida da Católica.

Fonte: Zenit 

Em uma recente conferencia em Illinois (Estados Unidos), antigos trabalhadores da indústria do abortorecordaram como era seu trabalho, com o qual pensavam estar ajudando às mulheres, e logo como se converteram à causa pró-vida.

"Queríamos entender melhor a mente das pessoas que trabalham na indústria do aborto", disse a organizadora da conferência, Ann Scheidler, vice-presidente da Liga de Ação Pró-vida.

Em diálogo com o grupo ACI, Scheidler disse que o propósito da conferência "Convertido: De provedor de abortos a ativista pró-vida" foi escutar o que antigos trabalhadores abortistas tinham a dizer sobre por que entraram na indústria do aborto e o que os levou a abandoná-la.

Enquanto que os médicos abortistas e trabalhadores das clínicas são às vezes vistos pelos pró-vida como pessoas sem coração, em realidade alguns são "pessoas extremamente compassivas", que são mal aconselhadas e acreditam que "estão ajudando às mulheres", explicou.

"É muito bom para nós entendermos de onde vêm estas pessoas", disse Scheidler.

A conferência, realizada em 22 de setembro, aconteceu no Hotel Crowne Plaza Ou’Hare, e apresentou a oito antigos trabalhadores abortistas, que contaram suas histórias de conversão.

Scheidler disse que cada um deles tinha uma história diferente, mas compartilhavam a experiência comum de dar-se conta de que o aborto "não era o que pensavam".

A decisão de deixar a indústria do aborto pode ser "difícil", indicou. Frequentemente eles se dão conta de que "todos os que conhecem são pró-aborto", assim, deixar o trabalho significa encontrar uma comunidade inteiramente nova.

"Isso é pedir muito", disse: "É algo difícil de fazer".

Enquanto que a carência de recursos fazia com que fosse especialmente difícil abandonar este trabalho no passado, um novo ministério começado pela ex-diretora do Planned Parenthood, Abby Johnson, está ajudando àqueles que desejam abandonar a indústria abortista.

Um dos participantes, o Dr. John Bruchalski, atualmente líder pró-vida no norte do estado da Virginia, realizava abortos em seus primeiros dois anos de residência.

Apesar de ter crescido em uma família católica, perdeu a fé entre as décadas de 1970 e 1980. Ao querer ser um "grande" doutor, pensou que precisava fazer abortos, acreditando que assim estava ajudando às mulheres a serem "mais felizes" e "mais saudáveis".

Bruchalski disse ao grupo ACI que foi uma combinação de fatores o que mudou sua forma de pensar. Parte disso foi a experiência de realizar abortos.

"Quando você faz o procedimento, começa a matar a outro ser humano de perto", disse, descrevendo a experiência de ver "a vida deles dessangrando", desde alguns centímetros de distância.

"A realidade vai através da sua mão e dentro do seu coração", disse.

Realizar abortos, assinalou, "endurece cada vez mais o coração" porque continuamente você precisa justificar a si mesmo seus atos, explicou.

Além disso, disse que cada vez há mais informação que mostra que os abortos e a anticoncepção não são saudáveis para as mulheres e que tem "muitos efeitos colaterais significativos", tanto físicos como psicológicos.

Algo que também ajudou para sua conversão foi a relação com um neonatólogo que trabalhava com ele que o desafiou a repensar suas ideias.

Finalmente, disse que experimentou uma renovação espiritual depois de participar de duas peregrinações.

"Todas essas peças se juntaram em 1989", disse, explicando que teve que "ajustar meu coração e toda minha perspectiva".

Agora ele trata de compartilhar seu testemunho com outros, ajudando-lhes a ver a realidade do aborto. Em 1994, encontrou o Centro de Família Tepeyac, um centro pró-vida na Virginia.

"Se é tão bom, por que tão poucos médicos realizam abortos?", pergunta Bruchalski a seus estudantes de medicina quando dá palestras.

Bruchalski disse que ele conhece outros antigos médicos abortistas que se converteram e cada um tem uma história diferente. Ele acredita que Deus fala com cada pessoa a sua própria maneira.

"Ele me falou em minha linguagem, que intrinsecamente entendi", disse.

Fonte: ACI Digital 

Afirmações estão em discurso pela Jornada Mundial da Paz.
'Quem quer a paz não pode tolerar atentados e delitos contra a vida', disse.

O Papa Bento XVI atacou o aborto, o casamento gay e a eutanásia, que segundo o pontífice colocam em perigo a paz, na mensagem que será lida no primeiro dia do ano por ocasião da Jornada Mundial da Paz, divulgada com antecedência pelo Vaticano.

"Os que trabalham pela paz são os que amam, defendem e promovem a vida em sua integridade", escreveu o papa na mensagem que será lida em todas as paróquias no dia 1º de janeiro de 2013.

"Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana e, em consequência, defendem por exemplo a liberação do aborto, talvez não percebam que, deste modo, propõem a busca de uma paz ilusória. (...) A morte de um ser inerme e inocente nunca poderá trazer felicidade ou paz", afirma o Papa.

"Quem quer a paz não pode tolerar atentados e delitos contra a vida", completou.

"Qualquer agressão à vida, em especial em sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz e ao meio ambiente", diz o pontífice.

"Como é possível pretender conseguir a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem que seja tutelado o direito à vida dos mais frágeis, começando pelos que ainda não nasceram?", questiona o chefe da Igreja Católica.

"Tampouco é justo codificar de maneira sub-reptícia falsos direitos ou liberdades, que, baseados em uma visão reducionista e relativista do ser humano, e por meio do uso hábil de expressões ambíguas encaminhadas a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida", adverte.

Na mensagem, o Papa elogia os "artesãos da paz" e pede a construção da paz "por meio de um novo modelo de desenvolvimento e de economia".

Bento XVI afirma que "para sair da atual crise financeira e econômica, que tem como efeito um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos e instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para aproveitar inclusive a crise como uma oportunidade de discernimento e um novo modelo econômico".

Ele convida os católicos a "atender à crise alimentar, muito mais grave que a financeira" e a apoiar os agricultores para que desenvolvam sua atividade "de modo digno e sustentável".

O Papa reitera na mensagem que "a paz não é um sonho, não é uma utopia: é possível".

Fonte: G1 

Página 26 de 104