Nova York, 05 nov (RV) - "O reconhecimento da dignidade de cada um tem como pressuposto o pleno respeito à dimensão interior e transcendente da pessoa humana". Assim iniciou sua intervenção, nesta quinta-feira, o observador permanente da Santa Sé junto à ONU, Dom Francis Chullikatt, na Assembléia das Nações Unidas em Nova York.
O representante vaticano ressaltou a importância da liberdade de consciência em relação à liberdade religiosa, conformidade ditames da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. "Para tanto – disse Dom Francis – os governos têm a solene responsabilidade de salvaguardar esse direito inalienável, sem negligenciá-lo, consentindo que seja ridicularizado e obrigando os fiéis a conviver com perseguições."
Referindo-se ao recente ataque à igreja cristã em Bagdá, o prelado chamou a atenção para as dificuldades que os cristãos enfrentam em diversas partes do mundo.
Dom Chullikatt falou também sobre os temas da educação e do matrimônio, o qual, segundo ele, "prescinde de qualquer reconhecimento das autoridades públicas, às quais cabe reconhecê-lo e tutelá-lo".
"Os instrumentos internacionais – declarou ele – reiteram constantemente o direito e a responsabilidade dos pais para com a educação dos filhos, e tais instrumentos também estabelecem corretamente que as escolhas educacionais dos filhos são direito dos pais".
Dom Francis encerrou sua intervenção insistindo no fato de que "os direitos humanos são fundados na dignidade da pessoa, sendo esses direitos inalienáveis, enraizados na ordem moral natural, esta percebida pela razão, que é universal".
Fonte: Rádio Vaticana