Mogadíscio, 04 nov - O representante especial das Nações Unidas para as crianças envolvidas nos conflitos armados, Radhika Coomaraswamy, condenou expressamente o emprego de meninos-soldados na Somália. A denúncia foi feita ao novo Primeiro-Ministro Mohammed Abdullahi Farmajo, nesta quarta-feira, em Mogadíscio.
Mais uma promessa foi feita por parte do governo somali de erradicar essa prática. Nela o primeiro-ministro mencionou um plano de ação em conjunto com a ONU para colocar a salvo essas crianças usadas como soldados em ações de guerra.
O representante da ONU disse "acolher positivamente os esforços do governo da Somália". Afirmou também que "infelizmente, a ONU não tem acesso às fontes dos rebeldes al Shabaab E Hizbul Islam, que também colocam meninos nos campos de batalha", de forma que ele fez então um apelo de que estes grupos não recrutem mais crianças como soldados. Será atendido?
Em maio passado, um relatório da UNICEF mostrou que o uso de crianças como soldados por parte dos grupos armados da Somália está aumentando, denunciando também que todas as partes dos conflitos estão envolvidas nessa atividade. Assustador ainda é o dado de que são chamadas inclusive crianças de nove anos, e que muitas escolas são usadas como campo de recrutamento.
Fonte: Rádio Vaticana