Na audiência geral desta quarta-feira, 2 de abril, cerca de 50 mil pessoas lotaram a Praça São Pedro para ouvir o Papa Francisco. Depois de fazer o giro da Praça para cumprimentar os fiéis e peregrinos, o Pontífice fez a sua catequese sobre o Matrimônio, concluindo suas reflexões sobre os Sacramentos.
O sacramento do Matrimônio nos conduz ao coração do projeto de Deus, que é um projeto de Aliança com seu povo e de comunhão: fomos criados para amar, como reflexo do Amor de Deus.
Neste sacramento, Deus faz da união dos esposos – numa só carne – um sinal do seu amor.
O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós”, disse o Papa. Também Deus é comunhão. As Três Pessoas da Santíssima Trindade vivem desde sempre e para sempre em união perfeita.
Ao mesmo tempo, o Matrimônio é também uma consagração e, por isso, os cônjuges recebem uma missão: o amor entre os esposos, manifestado nas coisas simples da vida quotidiana, torna visível o amor com que Cristo ama a Igreja. De fato, o Matrimônio é uma realidade grandiosa, mas se assenta na fragilidade da condição humana. Diante dos obstáculos e dificuldades que um casal enfrenta, disse o Papa, o importante é manter vivo o elo com Deus, que está na base do elo conjugal. “Quando a família reza, o elo se mantém. Rezar um pelo outro.”
Problemas no trabalho, financeiros, de educação dos filhos podem prejudicar o relacionamento, causando brigas e desavenças.
Há sempre brigas no casamento. Algumas vezes voam pratos. Mas não devemos ficar tristes com isso. A condição humana é assim. O segredo é que o amor é mais forte do momento em que se briga. Por isso, aconselho os esposos sempre: não terminem o dia em que brigaram sem fazer as pazes. E para fazer as pazes não é preciso chamar as Nações Unidas. É suficiente um pequeno gesto, um carinho. E no dia seguinte se recomeça. A vida é assim. Levá-la avante com a coragem de vivê-la junto.
E Francisco repetiu as três palavras “mágicas” que sempre devem ser usadas em família: com licença, obrigado e desculpe-me.
“Com estas três palavras, com a oração e com as pazes sempre o matrimônio poderá durar”, concluiu.
Logo após sua catequese, o Papa saudou os diversos grupos presentes na Praça. Aos poloneses, recordou o aniversário da morte do Beato João Paulo II, ocorrido em 2 de abril de nove atrás.
O aniversário da morte do Beato, disse o Papa, dirige o nosso pensamento ao dia da sua canonização, que celebraremos no final do mês.
Que a espera para este evento seja para nós a ocasião para se preparar espiritualmente e para reavivar o patrimônio da fé deixado por ele. Imitando Cristo, foi para o mundo pregador incansável da palavra de Deus, da verdade e do bem. Ele praticou o bem até mesmo com o seu sofrimento. Este foi o magistério da sua vida ao qual o Povo de Deus respondeu com grande amor e estima. Que sua intercessão reforce em nós a fé, a esperança e o amor.
Fonte: Rádio Vaticano