Crianças, pais e mães, avôs e avós, lotaram a Praça São Pedro, no Vaticano, neste sábado, 26, para um encontro especial com o Papa Francisco. A audiência se deu por ocasião da Peregrinação Internacional das Famílias ao Túmulo de São Pedro que acontece neste final de semana, no âmbito do Ano da Fé.
O Papa Francisco chegou à Praça São Pedro vindo do interior da Basílica Vaticana. Ainda no interior do templo, abraçou algumas crianças e, em seguida, apresentou-se aos milhares de fiéis peregrinos presentes na praça vaticana, rodeado de meninos e meninas.
Uma criança italiana saudou o Papa Francisco apresentando-lhe um desenho de seus familiares. “Oi, Papa Francisco! Chamo-me Federica. Gosto muito da minha avó porque ela me ensinou muitas coisas. Ensinou-me a fazer orações nas refeições e quando passa a ambulância, e o sinal da cruz. Gostou muito do senhor”, disse a menina.
Respondendo-lhe, o Santo Padre disse: “Oi, Federica! Também sei fazer o sinal da cruz. Será que as crianças aqui também sabem fazer? Vamos fazer juntos? Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, iniciou o Papa.
Em seu discurso, questionou: “como é possível viver a alegria da fé em família?” Como resposta o Pontífice apresentou um trecho do Evangelho de Mateus onde Jesus diz “Vinde mim todos vós que estais cansados e lhes darei alívio”.
A vida tem muitas fadigas, disse o Papa. No entanto, o que mais pesa na vida é a falta de amor, ressaltou. “Pesa não receber um sorriso, não ser acolhido, pesa um certo silêncio… Mas, sem amor a fadiga torna-se mais pesada, intolerável”.
“Queridas famílias, o Senhor conhece as nossas canseiras. Conhece o nosso profundo desejo de encontrar a alegria. Jesus quer que a nossa alegria seja completa. Disse aos apóstolos e diz hoje a nós”, acentuou o Papa.
Francisco também destacou as palavras dos noivos durante o Sacramento do Matrimônio: “prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas”.
Os noivos não sabem o que vai acontecer dali a diante, disse o Papa. “Eis o que significa o Matrimônio: partir e caminhar juntos, de mãos dadas, entregando tudo nas mãos do senhor e não se entregando a essa cultura do provisório”.
“Os esposos cristãos não são ingênuos. Conhecem os problemas e os perigos da vida, mas não tem medo de assumir a própria responsabilidade sem fugir e renunciar à missão de formar uma família”, completou.
O Papa reconheceu os desafios desta missão, mas ressaltou a necessidade de contarmos com a graça de Deus. “É preciso a graça! Olhem a graça dos sacramentos. O matrimônio não é uma bela festa. A graça não é para decorar a vida, mas para dar-nos coragem de irmos à diante”.
“Os cristãos se casam sacramentalmente porque estão cientes de precisarem do sacramento para cumprirem sua missão de pais. No seu casamento eles rezam juntos e com a comunidade. Mas por quê? Por que se usa fazer assim? Não! Porque precisam da ajuda de Jesus para caminharem juntos com confiança”.
Finalizando o discurso, Francisco convidou às famílias para o exercício do perdão. “É preciso ter a coragem de pedir desculpa quando, na família, nós erramos”, disse. Por fim, agradeceu a todos as famílias pela presença calorosa na tarde deste sábado, junto à Praça São Pedro.
A festa da família em Roma teve início ainda pela manhã deste sábado, 26, e ofereceu aos presentes atrações músicas, teatro, oração e reflexão em torno do tema “Família, viva a Alegria da fé”. Famílias dos cinco continentes, de 70 países estiveram em Roma para o encontro promovido pelo Pontifício Conselho para as Famílias.
Fonte: Canção Nova
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