Celebramos ontem o 16º Domingo do Tempo Comum. É muito bom saber que o Senhor nos visita... Visitou a Abraão, apresentando-se como três estrangeiros (Trindade!), e foi acolhido com alegria. Abraão deu aos seus visitantes tudo o que tinha de melhor: seu melhor trigo para o pão, o melhor novilho, a qualhada e o mel. Recebeu o Senhor com alegria e viu confirmada a promessa. "Ano que vem voltarei e terás um filho!" O anúncio de uma nova vida é motivo de alegria, é a posteridade, a vida de Abraão que continua na vida do filho da promessa. Abraão serve a Deus e não se vê desamparado na sua esperança.
Outro que serve é Paulo. Paulo serve na totalidade da vida doada ao Povo de Deus, pois entende que amando o Povo ama ao seu Senhor. O amor de Paulo é decidido! Quer desgastar-se, sofrer, completar nele o que em Cristo foi começado, quer dar a sua vida pela salvação do mundo, assim como Jesus. O grande mistério do amor se traduz nessa solidariedade, nessa renuncia de si pelo bem do outro, nessa doação. Paulo dá sentido aos seus sofrimentos na vida quando os une aos sofrimentos de Cristo Jesus. Mesmo na dor não existe vazio quando aprendemos a viver essa realidade em Jesus. Podemos experimentar a plenitude mesmo na dor, pois o Senhor pode transformar todas as experiências humanas em salvação quando nos abrimos a Ele e quando nos permitimos ser acompanhados pelo seu amor.
Mas, contudo, sabe qual é a melhor parte? Sentar-se aos pés do Senhor para escutar o que Ele tem a nos dizer, como fez Maria, irmã de Marta. As vezes estamos tão ocupados e preocupados com a vida que esquecemos da melhor parte. É preciso ter cuidado para que os desafios deste mundo não nos tirem do Senhor. Que ele nos ajude hoje e sempre no desejo de retornar aos seus pés para escutá-lo, para entender a vida à partir do seu olhar, do seu amor da sua misericórdia, pois é dessa escuta amorosa que nasce a verdadeira pastoral, averdadeira alegria de viver no serviço do Senhor.
Paz a todos!
Pe. Eduardo Peters