Meninas de 13 anos recebem anticoncepcionais sem permissão dos pais em escolas do Reino Unido
Meninas entre 13 e 16 anos receberam implante ou injeções anticoncepcionais por parte de enfermeiras em suas próprias escolas no Reino Unido sem que seus pais tenham tido conhecimento destes fatos.
Segundo informou o jornal britânico The Daily Telegraph, as enfermeiras das escolas realizaram mais de 900 destes procedimentos anticoncepcionais nos últimos dois anos.
Os implantes evitam a gravidez das jovens por um período de até três anos, ao filtrar progressivamente hormônios no sangue, e são inseridos nos braços das jovens, enquanto as injeções têm uma funcionalidade anticoncepcional de três meses.
O Ministro da Saúde de Reino Unido, Dr. Dan Poulter, afirmou que “as jovens menores de 16 anos podem ter acesso legalmente a anticoncepcionais e serviços de saúde sexual, e qualquer conselho que lhes seja dado será confidencial. De qualquer forma, os profissionais de saúde devem sempre animar a jovem a falar com seus pais sobre sua saúde sexual”.
As normas de confidencialidade mencionadas pelo ministro britânico proibem às enfermeiras procurar a permissão antecipada dos pais, ou inclusive lhes informar depois, sem a permissão das menores.
O chefe executivo da Comunidade Médica Cristã, Dr. Peter Saunders, sublinhou que as relações sexuais à idade de 16 anos são ilegais, e que “facilitar esse comportamento sem conhecimento dos pais não é profissional, é irresponsável e moralmente errado”.
Anthony Seldon, professor do Wellington College, lamentou a situação, pois considera que as relações sexuais são “a mais alta e amadurecida relação espiritual que pode existir entre dois seres humanos”.
“Algo que as trivialize ou as trate como algo mundano ou fácil, particularmente para os jovens, prejudica sua habilidade de crescer e de formar adequadamente uma relação duradoura. Desvaloriza o sexo, torna-o algo ordinário, de todos os dias, como comer no McDonald’s”, criticou Seldon.
Segundo informou o jornal britânico, os pais das menores expressaram no início deste ano seu mais absoluto rechaço às injeções ou implantes anticoncepcionais para suas filhas, ao saber do que estava ocorrendo nas escolas.
Por sua parte, o médico e político Phillip Lee, expressou sua preocupação porque esta medida poderia levar os jovens a uma maior promiscuidade e ao aumento de doenças sexualmente transmissíveis entre eles.
Fonte: ACI Digital
Protagonista do filme Batman premia herói pró-vida que se opôs ao aborto na China
O protagonista da saga Batman, o britânico Christian Bale, apresentou um prêmio pela defesa dos direitos humanos ao ativista pró-vida Chen Guangcheng por seu trabalho na luta contra os abortos forçados na China, e disse que sua tarefa é própria de um homem valente que inspira outras pessoas.
Na terça-feira passada, dia 25 de outubro, durante um jantar realizado em Nova Iorque (Estados Unidos), Bale entregou a Chen Guancheng o prêmio da organização Human Rights First, uma entidade com sede nesse país que batalha pela defesa dos direitos humanos no mundo.
Ao apresentar o galardão, Christian Bale destacou o trabalho do ativista pró-vida em nome das mulheres e dos não nascidos que estão sujeitos à política do filho único na China: “um programa de abortos forçados significa que as mulheres são tiradas de suas casas contra sua vontade. São obrigadas a abortar, algumas vezes em estágio avançando de gravidez. Imaginem isso. Algumas inclusivo morrem no processo”, disse o ator.
Referindo-se a estes abortos como “um verdadeiro horror”, o famosos artista afirmou ainda que neste “mundo insano”, Chen saiu em defesa das mulheres vivendo e promovendo “valores simples, valentes e universalmente admirados”.
“Por esta razão este homem foi encarcerado e golpeado por mais de quatro anos”, recordou Bale.
À sua vez, Chen, que ademais é portador de deficiência visual, acredeceu pelo prêmio e comentou: “acredito que se todos no mundo colocassem os direitos humanos em primeiro lugar, viveríamos em um mundo completamente diferente. Este não é só um prêmio para mim, mas sinto que aqui represento todos aqueles que vivem em países que não são democráticos”.
A noite de 25 de outubro foi a primeira vez que Bale se encontrou com o Chen. O ator já tinha tentado visitá-lo enquanto durante sua prisão domiciliar mas os guardas do governo chinês impediram o ingresso.
Chen que ficou cego durante a sua juventude, é um defensor e promotor dos direitos humanos que denunciou os horrores da política do filho único na China, falando abertamente dos abortos e das esterilizações forçadas que se praticam no país.
Depois de quatro anos de prisão, foi colocado em prisão domiciliar em setembro de 2010. Ele e sua família foram retidos sem cargos formais, foi golpeado e impedido de receber tratamento médico.
Em abril deste ano conseguiu escapar da detenção domiciliar, chamando a atenção da imprensa mundial, e se dirigiu à embaixada dos Estados Unidos.
Ele deixou a embaixada para ir a um hospital de Beijing no dia 2 de maio, logo depois que o governo lhe prometesse que ele e sua família estariam a salvo. Entretanto, o ativista expressou seus temores ante a oferta do governo comunista e pôde viajar aos Estados Unidos no dia 19 do mesmo mês. Atualmente estuda direito e inglês na escola de leis da New York University. Ele se encontra nos Estados Unidos junto com a sua família.
Fonte: ACI Digital
Atleta norte-americano pensou em abortar a filha com Síndrome de Down e agora corre maratonas com ela
Heath White, um atleta, piloto graduado da Força Aérea dos Estados Unidos e agente do FBI, que achava que já tinha tudo, pensou em abortar a sua filha Paisley por ter síndrome de Down. Agora corre maratonas com ela e conta a história que deu luz a sua vida.
Desde 2008, pouco antes do primeiro aniversário da sua pequena, White corre todo tipo de maratonas levando-a em seu carrinho, procurando formar a consciência sobre a dignidade da vida das pessoas com Síndrome de Down, e dando testemunho do seu amor de pai.
No programa E:60, conduzido por Tom Rinaldi, do canal esportivo ESPN, revelou-se a história de White, que era obcecado pela perfeição, e que esperava que sua primeira filha fosse, em palavras de sua esposa, Jennifer, "perfeito, como ele era".
E Pepper White, que nasceu em 2005 cumpria os padrões esperados pelos esposos White.
Entretanto, um ano depois, ao saber que Jennifer estava grávida pela segunda vez, as provas pré-natais revelaram que sua segunda filha teria Síndrome de Down.
Jennifer White confessou a Rinaldi que temia que seu marido "fugisse, fosse embora".
"O pior é que sabia que ele provavelmente ia querer que eu a abortasse, porque sabia que suas convicções não eram tão fortes como as minhas", recordou.
Em efeito, Heath White tentou insistentemente convencer a sua esposa que aborte o bebê, por temor ao "que as pessoas pensariam de mim".
Jennifer White recordou que durante a gravidez, seu marido, a quem confessa amar "mais que à vida", não era grosseiro ou desagradável, mas "estava ausente. Ele simplesmente não estava aí emocionalmente".
"Tive que pensar: ‘E se o faço? O que aconteceria se eu a aborto, se me desfaço dela? E lembro-me de uma pequena voz na minha cabeça dizendo ‘De jeito nenhum, não acontecerá. Impossível’. Tive estes pensamentos possivelmente por uma hora. Ele o teve durante meses".
White sentia que lhe davam "um bebê quebrado" e por muitos momentos se perguntava: "Por que eu?".
Em uma carta que Heath White escreveu a sua filha Paisley, e que é o fio condutor da reportagem, confessa-lhe que "antes que você nascesse só me preocupava de como a sua deficiência se refletia em mim. Agora não há melhor espelho no mundo. Você é minha luz na escuridão, e é um privilégio ser seu pai. Amo-te sempre, papai".
A carta, que Heath White começou a escrever quando Paisley tinha 18 meses, é "somente minha forma de repetir. Possivelmente ela nunca saberia sobre a forma como me senti antes que ela nascesse. Esse teria sido meu segredo sujo que guardaria para sempre. Mas não queria que fosse um segredo, queria que ela soubesse que é tudo para mim".
Heath recordou que quando Paisley nasceu, em março de 2007, sua mãe lhe disse que sua pequena se via como se não tivesse Síndrome de Down. Ele, incômodo, disse: "ela está mentindo. É claro que podemos ver que ela tem Síndrome de Down".
Sua esposa recordou na reportagem, entre soluços e com a voz entrecortada, que sentiu como se "tivesse perdido um bebê, apesar de que tinha uma menina sentada justo na minha frente".
"Acho que foi depois de começar a alimentá-la que pude dizer: ‘ela está bem, é perfeita, vamos estar bem’".
Para Heath, entretanto, aceitar a sua filha levou vários meses. Porém, chegou o dia, um "momento crucial", em que enquanto jogava com Paisley e lhe fazia cosquinhas, ela ria e o empurrava.
"Nesse momento me dei conta de que ela era como qualquer outra menina, ela é a minha menina".
Desde este momento, Heath White sentiu a necessidade de mostrar ao mundo a sua filha, por isso decidiu de novo correr em maratonas, mas desta vez levando com ele a Paisley em seu carrinho.
Heath disse que queria que "todo mundo visse que estava orgulhoso dela".
"Ninguém sabia como me sentia antes do seu nascimento, e se posso evitar que uma família, uma pessoa viva com a culpa de quase cometer o erro que eu quase cometi, vai valer a dor que Paisley sentirá mais adiante em sua vida quando souber como me senti".
Heath revelou que seu temor é que "um dia, alguém a chame de ‘retardada’, que alguém use essa palavra em sua presença, ou zombe dela por ser diferente, e ter que explicar-lhe sobre a sociedade, construir-lhe um respaldo de autoestima para que saiba quanto a amo".
"Tudo o que fiz, tudo o que tentei conseguir, nunca ia ser perfeito. Mas meu amor por Paisley é perfeito. Sempre vou estar aí para me assegurar de que ela chegue à meta", assegurou.
Fonte: ACI Digital
Promotores do aborto "preocupados" com o eficiente trabalho de líderes pro-vida na Europa
A HAIA, 23 Out. 12 / 05:16 pm (ACI).-
Depois de tomar conhecimento que o lobby do aborto europeu elaborou uma lista identificando os 27 líderes pro-vista mais eficazes, Ignacio Arsuaga, presidente da plataforma espanhola HazteOír –incluído nessa relação– assegurou que isto responde a uma crescente "preocupação" dos promotores da cultura de morte pelo eficaz trabalho dos defensores da vida europeus.
Ignacio Arsuaga
Em declarações ao grupo ACI nesta segunda-feira, 22 de outubro, Arsuaga assinalou que o documento, distribuído há poucos dias em uma reunião seletiva de abortistas dentro dos foros do Parlamento Europeu, "só pode significar que aqueles que atacam a dignidade da vida humana, a liberdade educativa, a liberdade religiosa ou a família estão preocupados porque os enfrentamos cada vez mais e melhor".
A finalidade da lista, chamada "As 27 mais importantes personalidades anti-eleição (contrárias ao aborto)", para o líder do HazteOír é clara: "dar nome àqueles considerados como inimigos. Identificar as pessoas e os grupos cívicos que estão dando a cara de maneira mais relevante na batalha cultural a favor do direito a viver dos seres humanos não nascidos".
"A reunião de 10 de outubro onde foi repartido esse dossiê foi organizada pelo ‘European Parliamentary Forum on Population and Development (EPF)’, um lobby de captação de recursos europeus para promover o aborto", indicou.
Na lista ordenada pelos abortistas figuram, além de Ignacio Arsuaga e Jorge Soley Climent da Espanha, estão Sophia Kuby, da Alemanha, sob o título de "direita dura católica".
Considerados como "personalidades populares católicas continentais" encontram-se os políticos italianos Carlo Casini e Luza Volontè, a austriaca Gudrun Veronika Kugler, a fundadora do Foro Europeu para os Direitos humanos e a Família, Catherine Vierling, entre outros. Também faz parte da lista o italiano Massimo Introvigne, defensor da liberdade religiosa na Europa.
Para Ignacio Arsuaga, o ver-se incluído na lista negra dos abortistas como presidente da plataforma HazteOír se deve, principalmente, ao êxito terminante do VI Congresso Mundial de Famílias, realizado em Madrid em maio deste ano.
Arsuaga recordou que neste evento participaram "milhares de pessoas e foram congregados os maiores peritos pró vida e pró família do mundo".
"Mas provavelmente também nossa implicação na defesa dos mais fracos através de nossa plataforma Direito a Viver e sua influência na Hispanoamérica, onde os organismos internacionais e os grupos pró aborto estão desenvolvendo seus maiores esforços na atualidade", disse.
O líder da plataforma pró-vida HazteOír assinalou ao grupo ACI que em pouco mais de 10 anos de existência, esta organização defensora da vida e a família obteve "uma capacidade de influência que quem defende posturas antagônicas não puderam ignorar".
"Em 2001 começamos uns poucos amigos com um computador, uma página web rudimentar e um orçamento ridículo. Hoje somos mais de 5.000 sócios e uma comunidade de 300.000 cidadãos ativos".
Entretanto, Arsuaga sublinhou que não desejam atribuir-se "mérito algum no fato que outros nos assinalem ou nos critiquem".
"Sempre dissemos que, diante deste modo de atuar, nossa melhor resposta é seguir trabalhando, dedicando apenas o tempo que for imprescindível para defender-nos legitimamente", concluiu.
FONTE: ACI Digital
Fé cristã, força transformadora da vida: Bento XVI na audiência geral
Fé cristã, força transformadora da vida: Bento XVI na audiência geral
O Ano da Fé, que a Igreja está a celebrar até novembro de 2013, deve lançar os católicos na transformação de uma sociedade superficial e individualista – sublinhou Bento XVI, quarta-feira, na audiência geral, na Praça de São Pedro. “O nosso mundo está profundamente marcado pelo secularismo, relativismo e individualismo que levam muitas pessoas a viver a vida de modo superficial, sem ideais claros”, alertou o Papa. Nesse sentido, acrescentou, “é essencial redescobrir como a fé é uma força transformadora para a vida”.Bento XVI deixou ainda uma mensagem relativa ao Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, pedindo um compromisso “para preservar a dignidade e os direitos de quantos estão condenados a suportar o flagelo da miséria, contra o qual a humanidade deve lutar sem cessar”.O Papa revelou uma preocupação particular relativa à formação das jovens gerações, que segundo o Papa não estão a ser educadas para “a busca da verdade e do sentido profundo da existência”. “Pelo contrário, o relativismo leva a não ter pontos de referência; a suspeita e volatilidade provocam ruturas nas relações humanas, enquanto a vida é vivida dentro de experiências que duram pouco, sem assumir responsabilidades”, prosseguiu.
Bento XVI falou numa sociedade “profundamente transformada” em relação ao Concílio Vaticano II (1962-1965), cujo 50.º aniversário motivou a convocação do Ano da Fé. “A ocorrência dos 50 anos da abertura do Concílio é uma ocasião importante para voltar a Deus, para aprofundar e viver com maior coragem a própria fé”, explicou.
Eis as palavras do Papa hoje em português:
“Queridos irmãos e irmãs,Hoje iniciamos um novo ciclo de catequeses que se inserem no contexto do Ano da Fé, inaugurado recentemente. Com estas catequeses, queremos percorrer um caminho que leve a reforçar ou a reencontrar a alegria da fé em Jesus Cristo, único Salvador do mundo. De fato, o nosso mundo de hoje está profundamente marcado pelo secularismo, relativismo e individualismo que levam muitas pessoas a viver a vida de modo superficial, sem ideais claros. Por isso, é essencial redescobrir como a fé é uma força transformadora para a vida: saber que Deus é amor, que se fez próximo aos homens com a Encarnação e se entregou na cruz para nos salvar e nos abrir novamente a porta do céu. De fato, a fé não é uma realidade desconectada da vida concreta. Neste sentido, para perceber o vínculo profundo que existe entre as verdades que professamos e a nossa vida diária, é preciso que o Credo, o Símbolo da Fé, seja mais conhecido, compreendido e rezado. Nele encontramos as fórmulas essenciais da fé : as verdades que nos foram fielmente transmitidas e que constituem a luz para a nossa existência.
Dou às boas-vindas aos grupos de visitantes do Brasil e demais peregrinos de língua portuguesa. Agradeço a vossa presença e desejo que este Ano possa ajudar-vos a crescer na fé e no amor a Cristo, para que aprendais a viver a vida boa e bela do Evangelho. De coração, a todos abençoo. Obrigado!”
Fonte: Rádio Vaticano
FAMÍLIA E VIDA SOCIAL (Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte)
FAMÍLIA E VIDA SOCIAL
Reflexões de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Já não se ouve com a mesma intensidade aquele refrão que repetiu, por décadas, um veredito a respeito do fim da família. De sociólogos a outros tantos especialistas de diferentes áreas, há uma convicção incontestável de que a família tem centralidade e uma importância determinante na vida de cada pessoa. É um grande ganho fortalecer esse entendimento. A família é o lugar primário da humanização de cada um e da sociedade, um berço de vida e amor.
Nenhum lugar é tão favorável para o conhecimento e a experiência de Deus. Na família, a fé é transmitida pelo amor. Os limites conhecidos e experimentados não obscurecem ou invalidam esta força própria, até mágica e não palpável, que a família, como escola de amor, exerce na tarefa educativa. A Igreja Católica, em parceria com muitos segmentos da sociedade civil, considera a família como a primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários. É fácil constatar o lugar central que é dado à família na vida social. Excluir ou deslocá-la desse lugar é correr o sério risco de causar um grave dano ao crescimento do corpo social inteiro.
Para compreender melhor a centralidade da família, é preciso compreender, à luz da Doutrina Social da Igreja, que essa instituição “nasce da íntima comunhão de vida e de amor, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, com dimensão social própria e originária, lugar primário de relações interpessoais, instituição divina colocada como fundamento da vida das pessoas e como molde de todo ordenamento social”. Não se pode desprezar a força que cada família agrega nos avanços sociais e na consciência política, bem como na experiência indispensável da fé em Deus. Não se pode ignorar, deixar de aprofundar e de refletir sobre a indiscutível importância da família para a pessoa.
Há um ambiente de vida criado pelo dom recíproco de um homem e uma mulher, chamados a viver como compromisso de amor. Este é o ambiente indispensável para que a criança desenvolva suas potencialidades e torne-se consciente de sua dignidade - o dom mais precioso para cada pessoa. Além disso, esta consciência sustenta a cidadania, que articula relações sociais e políticas dando à sociedade as condições necessárias para ser solidária e fraterna. Perdida esta consciência, ou mal formada, desvios de todo tipo podem sacrificar o caminho e os destinos da humanidade.
A sociabilidade humana, aprendida e experimentada na família, é determinante na sustentação da sociedade, do tecido de sua cultura. Esta sociabilidade é indispensável porque contribui de modo único para o bem comum. Por isso, a família deve ser prioridade. No horizonte dessa rica compreensão é que se discute a inoportuna equiparação legislativa entre família e uniões de fato. Esta equivalência está na contramão do modelo de família que não pode reduzir-se a uma precária relação entre pessoas. O debate público contemporâneo se defronta com o ideal de família que compreende a união permanente, originada pelo pacto entre um homem e uma mulher, fundado sobre uma escolha recíproca e livre. Uma escolha que implica a plena comunhão conjugal orientada para a procriação.
Pensando a tarefa educativa própria da família, é oportuno relacioná-la sempre com a vida econômica e com o trabalho. A família, quando protagonista da vida econômica, ensina a importância da partilha e da solidariedade entre as pessoas. De modo particular, é decisiva na formação profissional. A sociedade ganha quando a família faz do cidadão um trabalhador incansável, engajado na promoção do bem. Em se considerando a necessidade de avanços culturais e econômicos, a família precisa contribuir, sobretudo, com a educação para o sentido do trabalho, ajudar na oferta de orientações. A família tem, pois, um papel determinante no desenvolvimento integral humano, garantindo a qualificação da vida social.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
Jovem sai do coma quando médicos se preparavam para remover órgãos
Os médicos acreditavam que Carina Melchior, de 19 anos, estava praticamente com morte cerebral e já se preparavam para retirar os órgãos da jovem para doação, seguindo autorização da família, em um hospital de Aarhus (Dinamarca).
Só que pouco antes de os médicos iniciarem os procedimentos, a jovem saiu do coma!
Carina havia sido levada para o hospital em estado crítico, após um grave acidente de carro. O tratamento não surtiu efeito e os médicos, que achavam que o estado vegetativo era irreversível caso ela sobrevivesse, conversaram com a família sobre o desligamento dos aparelhos e retirada dos órgãos.
"Os pais foram convencidos de que não havia mais nada a fazer e concordaram com a doação dos órgãos", disse o advogado da família.
Mas Carina abriu os olhos e mexeu as pernas!
A jovem se recupera bem e já pode andar e falar. Agora, Carina acredita que vai conseguir se recuperar totalmente, vai se tornar uma designer gráfica e morar sozinha.
O caso de Carina provocou um amplo debate público sobre a doação de órgãos e a eutanásia. Muitos doadores de órgãos no país retiraram a autorização com medo que os médicos ajam de forma prematura. A família da jovem está processando o hospital alegando que os médicos se precipitaram ao falar sobre a doação, segundo reportagem do "Daily Mail". O hospital alega que não houve erro de avaliação do quadro de Carina e que em momento algum anunciaram oficialmente a morte cerebral.
Fonte: O Globo
Lei proíbe colégios católicos de Ontário de ensinar que o aborto é algo mau
Ontário (Terça-feira, 16-10-2012, Gaudium Press)
A ministra da educação de Ontario (Canadá), Laurel Broten, realizou na última semana um anúncio público que poderá ter tristes consequências para os católicos da região.
Laurel Broten declarou que, segundo uma nova lei aprovada, as escolas católicas não poderão ensinar que o aborto é algo mau. Caso o façam, será considerado um ato contra a mulher, penalizado pela lei, que busca "construir um ambiente escolar positivo e inclusivo", com um "compromisso a longo prazo para levá-lo à prática e mudar a cultura escolar".
Laurel Broten - Ministra da educação de Ontario (Canadá)
A "Lei de Escolas Acolhedoras" foi aprovada pelo Novo Partido Democrata, e requer que todos os conselhos escolares tomem medidas contra a perseguição escolar, endurecendo as consequências legais da perseguição e "apoia os estudantes que queiram promover a compreensão e o respeito por todos".
Em junho deste ano, quando a lei foi aprovada, os bispos católicos protestaram contra ela, pois os colégios católicos serão obrigados a ir contra a doutrina católica.
"Não creio que haja um contraste ou um conflito entre eleger uma educação católica para os filhos e defender o direito de uma mulher a escolher", declarou a ministra Broten ao defender a lei abortista.
A organização LifeNews afirmou que "nunca havia visto um ataque governamental à liberdade religiosa como o que promete a Ministra Broten".
Dom Thomas Collins - Cardeal Arcebispo de Toronto
O Cardeal Arcebispo de Toronto, Dom Thomas Collins, declarou recentemente que "defender aos sem voz é nossa missão" e que "tanto a constituição como a lei da Educação deixam claro que deve-se respeitar a identidade católica dos colégios". O purpurado também pediu proteção para "a liberdade de todos na comunidade escolar para levar a cabo atividades pró-vida, com o objetivo de promover uma cultura da vida na qual os mais vulneráveis e os que não tem voz entre nós sejam protegidos e honrados durante toda sua vida na terra, desde a concepção até a morte natural". (EPC/JS)
Fonte: Gaudium Press
Semana da Vida será prolongada em Brasília. Participe!
A Paróquia Imaculada Conceição, Taguatinga-DF, divulga sua programação e convida a todos para continuarem a viver a Semana Nacional da Vida.
Padre evita aborto e desperta vocação
Texto Mário Carparelli
No exercício do ministério sacerdotal missionário estive em Mugoiri, no Quénia, entre 1978 e 1981. Numa das visitas às aldeias, encontrei numa palhota uma viúva católica muito triste, porque tinha sido violada e encontrando-se grávida, planeava fazer um aborto, porque era pobre e tinha já outros filhos. Consolei-a e aconselhei-a a não levar a cabo essa intenção. Seis anos após o regresso das missões no Quénia, em 2006, recebi, com surpresa, um e-mail, em inglês, de uma religiosa africana, que não conhecia. O conteúdo da mensagem encheu-me de alegria e de muita consolação.
Dizia o seguinte: «Caro padre Mário.Queria dar graças a Deus por ti. Todas as vezes que penso naquilo que sou, eu te agradeço. Chamo-me irmã N.N. da Congregação das Irmãs Emmanuele. Nasci na diocese de Murang’a. Quando eras pároco em Mugoiri, aconteceu que um dia, girando pela minha aldeia, visitaste e ajudaste uma mulher chamada T.W., a qual sendo então viúva se encontrava grávida. Ela pensou em fazer um aborto, mas tu consolaste-a com tais palavras que ela nunca mais esqueceu e que me repetia a mim, a última nascida».
«Eis as palavras: ‘Não abortes. O filho de uma viúva violentada, dada a sua vulnerabilidade, é como o primeiro filho de uma mulher jovem’. Consolada pelas tuas palavras, ela deu à luz uma menina, e agora digo-te que sou eu própria essa menina que nasceu fora do matrimónio! Aquilo que aconteceu já não me interessa agora, mas aquilo que mais importa é que tu ajudaste uma mãe a aceitar-me e que ela prestou atenção às tuas palavras e por isso estou grata à minha mãe, a ti e também àquele homem que a engravidou, mesmo sabendo que foi contra a sua vontade. Espero que te lembres ainda da minha mãe. Os meus agradecimentos!»
Mais tarde, depois da minha resposta ao e-mail, a religiosa envia uma nova mensagem: «Tchau, ‘papá’. Obrigado por teres tomado conhecimento do meu e-mail, e obrigado pela promessa de me recordares nas tuas orações, a mim e à minha querida mãe […]. Tudo isto me tem ajudado e influenciado na fidelidade à minha vocação. Nossa Senhora, a minha Mãe Consoladora e Mãe de Jesus, ajudou-me a levar a cabo a minha missão. Com a ajuda do nosso bispo, não hesitei em pôr-me em contacto contigo, meu caro padre, para te dar conhecimento do importante papel que desempenhaste na minha vida».
«Efetivamente, tu regaste e nutriste a semente da minha vocação numa menina desesperada e sem voz. Padre Mário, eu não tenho vergonha de te chamar ‘meu papá’, porque salvaste a minha vida. Só Deus te pode agradecer suficientemente pelo que fizeste. Que Ele te abençoe largamente. O Senhor que é bom e que conhece a sinceridade e a vontade dos corações jovens e velhos, encontrará vocações para o teu Instituto. Que Jesus e Maria te guiem e fortaleçam em tudo aquilo que fazes. Mais uma vez, obrigado.»
Fonte: Fátima Missionária