Sydney, 23 out - As ONGs de inspiração católicas denunciam que a pobreza na Austrália está aumentando.
Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem em condições difíceis e lutam todos os dias contra a fome. No entanto, apesar da riqueza da Austrália, a pobreza e a miséria também fazem parte desse país.
Cerca de 2 milhões e 200 mil australianos estão lutando contra a pobreza e vivem em condições de pobreza. Segundo as organizações católicas, este número está crescendo. A Igreja na Austrália promoveu recentemente a Semana de Combate à Pobreza e o Arcebispo de Sydney, Cardeal George Pell, pediu às escolas, paróquias e comunidades católicas para organizarem atividades de sensibilização sobre o grave impacto da pobreza e traçar o perfil das pessoas carentes.
A Semana de Combate à Pobreza teve como objetivo reforçar a consciência pública sobre as causas e conseqüências da pobreza em todo o mundo e na Austrália, e elaborar estratégias para combater esse problema. O evento recebeu o apoio de organizações como CatholicCare, Caritas, Mission Australia, Sociedade São Vicente de Paulo, Jesuit Social Services, Anglicare, Cruz Vermelha e UnitingCare.
Segundo as organizações de assistência social, engajadas com as famílias e pessoas que lutam para sobreviver, muitos australianos acreditam que a pobreza é algo que acontece fora de seu país e não percebem que a pobreza afeta cerca de 10% da população australiana. Os últimos dados do Instituto Australiano de Estatística indicam que 58% dos indígenas australianos estão em risco de pobreza ou já vivem abaixo da linha de pobreza. Outros que se encontram na categoria de risco são os desempregados, 28% da população, as pessoas que pagam aluguel, 28%, os pais solteiros 22% e os idosos 7%, inclusive muitos aposentados que agora lutam para sobreviver.
Fonte: Radio Vaticana