A defesa da vida foi tema de debate da reunião da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada no dia 28 de outubro, em São Paulo. A comissão é composta por médicos, cientistas, juristas, filósofos e teólogos. Um dos principais pontos de trabalho referiu-se à “objeção de consciência”.
Segundo o assessor da Comissão episcopal Pastoral para a Vida e Família, da CNBB, padre Rafael Fornasier, a questão da bioética gira em torno dos temas aborto, pesquisa em seres humanos, eutanásia e a ortotanásia, mas engloba outras pautas tão importantes como, por exemplo, a questão da objeção de consciência. “A objeção de consciência remete à consciência, ou seja, aquilo que a pessoa entende como moralmente lícito ou moralmente ilícito”, explica.
A objeção de consciência significa que ninguém legalmente pode ser obrigado a fazer algo contra a consciência, especialmente ferindo seus valores morais e espirituais. “É um direito previsto na nossa constituição e em legislação internacional, que garante a não aplicação de determinadas leis que vão de encontro aos princípios da pessoa, quer sejam religiosos, filosóficos, morais e políticos”, justifica o assessor.
Durante a reunião, outros assuntos referentes à bioética foram tratados. Na pauta esteve a campanha da fraternidade do ano que vem, que abordará o tráfico de órgãos. Também foram feitas sugestões para o subsídio Hora da Vida de 2014, que será redigido pelo Regional Sul 4. Para o ano que vem, estão previstas duas reuniões da Comissão, com a finalidade de organizar o seminário de aniversário de 20 anos da Evangelium Vitae.
Fonte: Canção Nova