A 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela vida reuniu três mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, na tarde de ontem, em Brasília, para pedir a aprovação do Estatuto do Nascituro e mostrar posição contrária ao novo texto do Código Penal. "Eu participei da Cúpula dos Povos da Rio+20 e vi como as forças internacionais - financiadas - agem para legalizar o aborto no Brasil. O povo brasileiro vai aceitar esta ingerência?", perguntou Dra Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil Sem Aborto, entidade que organizou o evento.
De autoria dos ex-deputados Luiz Bassuma e Miguel Martini, o Estatuto do Nascituro (PL 478/2007) apoia a jurisdição para a criança que ainda está dentro do ventre materno. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Estatuto garantirá ao nascituro, entre os principais quesitos, o direito à vida, à integridade física, à alimentação e à convivência familiar. "As causas do meio ambiente, da educação e da segurança são importantes. Mas a causa da vida é mais importante, pois todas as causas só podem existir se nós existirmos", declarou Bassuma.
Está em andamento no Senado Federal a reforma do Código Penal Brasileiro, criado em 1940. As modificações do texto original estão sendo feitas por uma comissão de juristas que propõe, em um ante-projeto, a legalização do aborto até os três meses de gestação. Com a aprovação do Estatuto do Nascituro, a nova proposta do texto não poderá ser aceita.
Padre Bruno Laselva, integrante da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília esteve presente na marcha e ressaltou a importância do evento. "Não podemos pecar pela omissão. Aqui queremos manifestar o que nós, povo brasileiro, pensamos. Queremos que a dignidade da mulher e da criança seja garantida". A dona de casa Tatiane Amaral, mãe da pequena Clarisse, afirma que a marcha é um "alerta para toda a população e governantes brasileiros. Todos nós precisamos proteger a vida".