A Bélgica ainda está em choque com a tragédia da morte de 22 crianças e seis adultos, vítimas de um acidente rodoviário, quando o seu ônibus colidiu contra uma barreira em Sierre, no cantão suíço de Valais, no último dia 13.
A tragédia afetou muitas famílias em Lommel e Heverlee e uniu o país no luto, suscitando um movimento de solidariedade extraordinário. No dia 16, todas as escolas do país participaram na oração pelas vítimas. No último domingo, algumas igrejas celebraram missas especiais.
Quando no próximo domingo, 25 de março, acontecer no país a III Marcha pela Vida, as mesmas expressões de tristeza serão demonstradas pelas crianças abortadas na Bélgica?
Com esta pergunta, a Associação Jeunes Pour La Vie-Voor Het Leven Jongeren (Juventude pela Vida) convida a população belga a participar da terceira edição do evento, em Bruxelas.
A participação é importante, ressalta um folheto distribuído na internet em preparação para o evento, porque cerca de 20.000 crianças são vítimas do aborto na Bélgica todos os anos, ou mais de 50 por dia.
O texto informa ainda que, 22 anos após a descriminalização do aborto no país, o número das chamadas "interrupções voluntárias da gravidez" está aumentando a cada ano. Significa, além do próprio aborto, que cada vez mais mulheres são atingidas pelo peso do luto pós-aborto.
Os organizadores afirmam que cada mulher tem direito a informações corretas sobre as consequências físicas e psíquicas do aborto. As autoridades e as instituições deveriam investir mais em ajudar as mulheres grávidas e promover a adoção como alternativa ao aborto, continua o texto, que conclui: matar nunca é uma solução.
Durante o processo de descriminalização do aborto no país, em abril de 1990, o falecido Rei Balduíno I (1930-1993), cujo casamento com a rainha Fabiola de Mora y Aragón não deixou filhos, renunciou à coroa, abdicando durante 36 horas por razões de consciência.
Fonte: Zenit