O Papa Bento XVI esteve reunido neste sábado, 25, com os membros da Pontifícia Academia pela Vida, que realizam sua 18ª Assembleia Geral. O tema abordado pela Academia neste ano é: “Diagnose e terapia da infertilidade”. Em seu discurso, o Santo Padre comentou a temática escolhida para a assembleia.
De acordo com o presidente do dicastério vaticano, Dom Ignácio Carrasco de Paula, duas questões foram colocadas no centro da Assembleia. Uma delas são as consequências do aborto, a síndrome pós-abortiva. A outra, diz respeito a um problema pouco conhecido, mas de grande relevância, o dos bancos para a conservação do cordão umbilical, na perspectiva da utilização terapêutica das células-tronco.
Sobre o tema escolhido para a assembleia, Bento XVI considerou-o relevante. “Além de ter uma relevância humana e social, possui um peculiar valor científico e expressa a possibilidade concreta de um fecundo diálogo entre dimensão ética e pesquisa biomédica”, disse o Papa.
Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que a Academia, “diante do problema da infertilidade do casal”, escolheu chamar atenção para a dimensão moral, procurando os caminhos para um correto diagnóstico e uma terapia que corrija as causas da infertilidade. Encorajou, portanto, “a honesta intelectualidade” do trabalho desse Instituto, que disse estar “a serviço do autêntico bem do ser humano”.
De acordo com o Papa, a Igreja tem encorajado a pesquisa médica tendo em vista que está atenta ao sofrimento dos casais que enfrentam a infertilidade. Contudo, ele ressaltou que a ciência não tem sempre condições de responder às necessidades de tantos casais e que a infertilidade não significa que o casal terá uma vocação matrimonial frustrada.
“A vocação ao amor é a vocação ao doar a si próprio, e isso nenhuma condição orgânica pode impedir. Portanto, onde a ciência não encontra resposta, a resposta que ilumina vem de Cristo”, disse Bento XVI.
O Pontífice concluiu renovando o auspício que o Concilio Vaticano II dirigiu aos pensadores e aos homens da ciência: “Felizes são aqueles que, possuindo a verdade, continuam a procurá-la, para renová-la, aprofundá-la, para doá-la aos outros” (Mensagem aos pensadores e cientistas, 8 de dezembro 1965: AAS 58 [1966 ], 12). (ED).
Fonte: Canção Nova