A cada ano, cerca de 4 milhões de pessoas são vítimas do trafico de seres humanos em todo o mundo; mais de um milhão são mulheres e meninas destinadas à indústria do sexo (prostituição, pornografia, etc.), à escravidão ou à matrimônios forçados.
No Estado de Jharkhand, na Índia, a situação é igualmente alarmante: muitas meninas são obrigadas a viver em condições de semi-escravidão ou obrigadas a se prostituir. Trata-se de uma região em que a maior parte das famílias vive em condições de extrema pobreza e isso favorece a proliferação de grupos mafiosos que se aproveitam da vulnerabilidade e da ingenuidade das jovens, iludindo-as e oferecendo-lhes a falsa esperança de encontrar trabalho nas grandes cidades. 74% destas jovens abandonam os estudos antes de terminar a escola média e muitas delas tentam fugir das violências domésticas.
Alarmados pelo aumento de casos de tráfico e de exploração das meninas mais indigentes no Estado de Jharkhand e depois de um estudo realizado pelo departamento de Psicologia do Ranchi Women's College sobre o tráfico de mulheres, os serviços sociais de Ranchi se comprometeram a fim de que as mais vulneráveis, especialmente meninas e mulheres indigentes, adquiram um mínimo de auto-estima, reduzam a sua dependência econômica e tenham a assistência de saúde incrementada. Através deste projeto, apoiado pela ONG católica espanhola Manos Unidas, tenta-se aumentar o nível de consciência sobre o problema do tráfico de seres humanos e reduzir o número de meninas que abandonam os estudos. Atualmente, cerca de mil meninas e adolescentes são beneficiados por este programa. O tráfico de seres humanos atualmente gera ‘lucros’ de cerca 30 milhões de dólares. Nos últimos 30 anos, mais de 30 milhões de mulheres, meninas e meninos foram vítimas deste grave fenômeno na Ásia, com o único objetivo da exploração sexual.
Fonte: Agência FIDES - www.fides.org