A condição homossexual pode ser prevenida e mudada com uma atenção personalizada ou com um acompanhamento em grupo, mas não tem tratamento farmacológico, esclareceu o presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos (FIAMC), Josep Maria Simon, em diálogo com ZENIT.
Suas declarações respondem a informações surgidas nos últimos dias em alguns jornais europeus, segundo as quais a autodenominada “Associação de Médicos Católicos Alemães” (de Munique), dirigida por Gero Winkelmann, cura a homossexualidade com base na homeopatia e em outros elementos.
Simon esclareceu que esta associação não é a associação de médicos católicos alemães e não faz parte da FIAMC nem reflete a opinião da federação de médicos católicos sobre a homossexualidade, que está explicada no documento"Homossexualidade e esperança".
O presidente da FIAMC explicou que muitos homossexuais têm adicções (por exemplo, o sexo) ou ansiedades e, neste caso, podem ser ajudados com medicamentos. Também destacou que, para lidar com a homossexualidade, além da ajuda médica, é útil a pastoral da pessoa homossexual.
Simon reconheceu a dificuldade de abordar estes temas publicamente e recordou o exemplo da Policlínica Tibidabo, de Barcelona, que há um ano recebeu intensas pressões por seus serviços de atenção a pessoas que queriam deixar de ser homossexuais e acabou desaparecendo.
Os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade manifestam um profundo respeito pelas pessoas homossexuais, mas passam pela rejeição da prática da homossexualidade.
A mencionada declaração da Associação Médica Católica dos Estados Unidos contradiz o mito de que a atração homossexual é geneticamente determinada e que não pode mudar, e oferece esperanças para a prevenção e o tratamento.
“Etiquetar um adolescente, ou pior, uma criança, de 'homossexual' sem remédio prejudica a pessoa – indica o documento. Tais adolescentes ou crianças podem, dada a intervenção positiva adequada, receber conselhos oportunos para poder superar o problema de traumas emocionais anteriores.”
De fato, o pesquisador psiquiátrico da Universidade de Columbia, Robert Spitzer, que participou diretamente da decisão, em 1973, de retirar a homossexualidade da lista de desordens mentais da Associação Psiquiátrica Americana, reconheceu, décadas mais tarde, a possibilidade de que uma pessoa homossexual mude sua tendência.
“Tenho certeza de que muitas pessoas fizeram mudanças substanciais até chegar a ser heterossexuais – declarou. Comecei este estudo cético. Agora firmo que tais mudanças podem ser mantidas.”
“Homossexualidade e esperança” afirma que, “com a ajuda poderosa da graça, dos sacramentos, do apoio da comunidade e de um terapeuta com experiência, um indivíduo bem decidido pode ser capaz de alcançar a liberdade interior que Cristo prometeu”.
E garante que “terapeutas experientes podem ajudar indivíduos a descobrirem e compreenderem as causas profundas dos traumas emocionais que deram origem à atração por pessoas do mesmo sexo”.
Fonte: www.zenit.org