"Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!"
O Templo não é lugar de comércio. Não se trata simplesmente de observar ou criticar a loja que vende objetos nas Igrejas ou de perceber realidades que ferem o espaço sagrado do templo, existem outros tipos de comércio que precisam parar:
às vezes na nossa espiritualidade praticamos um verdadeiro comércio espiritual, pois achamos que nossa oração é moeda de troca, sugerindo ao Senhor que nos dê o que queremos procurando convencê-lo de que somos bons e de que merecemos ganhar o que pedimos. As graças da parte Deus podem muito bem vir das nossas súplicas, quando elas bem orientadas reconhecem o que nós somos e o que Deus é. É a benevolência de Deus que se aproxima da nossa necessidade como presença amorosa, isso não pode ser 'pago', mas reconhecido nas nossas orações.
o comércio milagreiro que usa da fé do povo para extorquir é uma das formas mais odiosas de 'religião'. É um pecado que clama aos céus pois muitas vezes se tira dos pequeninos abusando de sua boa vontade e de sua boa fé, minando a sua esperança diante de uma graça que não vem porque resulta uma ilusão bem cultivada por engandores da fé.
o comércio do corpo, que é o verdadeiro templo do Espírito. Talvez este seja o templo mais profanado nos nossos tempo. O corpo, figura (porque imagem) do que Deus é se vê cada vez mais desfigurado. Quantos templos mal cuidados, quanto despudor, quanta profanação! O verdadeiro respeito ao corpo não corresponde ao culto dele mesmo, mas em oferecer um culto ao Senhor através dele. Essa é a casa de oração por excelência, essa é a morada de Deus, é o lugar de adoração dos verdadeiros adoradores de Deus, uma vez que somos chamados a nos oferecer como hóstias vivas e agradáveis ao Senhor.
Senhor, mostra-nos como alcançar o Teu zelo, que ele também nos consuma a ponto de respeitar-mos o que é sagrado.
Paz!