Novas vozes de defesa da família
O desprezo do casamento tem custo alto
A família é a pedra fundamental da sociedade e o melhor instrumento para o bem-estar dos indivíduos.
Estas afirmações são comuns nas fontes católicas, baseadas na antropologia cristã. Mas não é tão comum ouvi-las no mundo laico.
Porém, um relatório recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reproduziu precisamente estas afirmações.
Em nota para a imprensa a propósito do relatório, publicada em 27 de abril, a OCDE afirma que as famílias são uma fonte essencial de apoio econômico e social para as pessoas, além de instrumento crucial de solidariedade.
“As famílias proporcionam identidade, amor, cuidado, alimento e desenvolvimento para os seus membros e formam o núcleo de muitas redes sociais”.
O relatório, intitulado “Garantir o Bem-Estar das Famílias”, reconhece ainda que a pobreza está aumentando nas famílias com filhos em quase todos os países membros da OCDE.
Os pais também têm dificuldades para combinar o trabalho com os compromissos familiares. O relatório pede que os governos adotem políticas de apoio às famílias, dando assistência e ajuda econômica mediante iniciativas como mais flexibilidade laboral para os pais. Segundo a OCDE, o gasto público médio em auxílios familiares representa pouco mais que 2,2% do PIB nesse grupo de países.
Uma das áreas em que poderia ser feito mais é a do incentivo à natalidade. Muitas famílias querem mais filhos, aponta o relatório, e em vários países as pessoas têm menos filhos do que gostariam.
As taxas de natalidade dos países da OCDE caíram significativamente nas últimas décadas, chegando hoje a 1,7 filhos por mulher.
Países com nível mais alto de fertilidade dão mais apoio aos nascimentos, tanto através de pagamentos em dinheiro quanto por meio de serviços para as famílias com filhos pequenos. As políticas de trabalho de tempo parcial para as mães também ajudam as famílias a harmonizar com mais eficácia o emprego e o cuidado dos filhos.
Apoiar as famílias não traz resultados bons somente para os pais. “O bem-estar das crianças está ligado ao da família. Quando as famílias prosperam, as crianças prosperam”.
Pesquisa no Reino Unido
Um estudo recente no Reino Unido ressalta a importância da vida familiar. Foram publicados em fevereiro os resultados de uma pesquisa de 2009, feita em 40.000 domicílios pelo Institute of Social and Economic Research da Universidade de Essex.
O estudo abrange uma gama ampla de assuntos, mas um dos capítulos se concentra na família. Entre os resultados, os seguintes destaques:
- Casar torna os casais notavelmente mais felizes do que apenas morar juntos.
- A satisfação dos jovens com sua situação familiar é claramente ligada à qualidade das relações dos seus pais. Nas famílias em que a mãe não é feliz no relacionamento, só 55% dos jovens se dizem "completamente satisfeitos" com sua situação familiar, em contraste com 73% dos jovens cujas mães são "muito felizes" no relacionamento.
- Filhos de pais solteiros são menos propensos a se considerar plenamente felizes com a própria situação familiar.
- Crianças que não discutem com nenhum dos pais mais de uma vez por semana têm um nível de felicidade maior do que aquelas que têm discussões frequentes. A pesquisa também descobriu que a felicidade das crianças melhora quando elas conversam frequentemente sobre temas importantes com os pais.
- Também é importante jantar em família. As crianças que jantam com a família pelo menos três vezes por semana são mais propensas a se considerar plenamente felizes do que aquelas que vivem essa experiência menos de três vezes por semana.
Qualidade
Outro estudo recente, feito pela organização Child Trends e publicado nos Estados Unidos em 8 de abril, examina a influência exercida nas crianças pela qualidade do relacionamento de seus pais.
Com o título “Qualidade da Relação dos Pais e Resultados dos Filhos por Subgrupos”, o estudo analisa as respostas de mais de 64.000 pais com filhos de 6 a 17 anos.
A qualidade da relação dos pais é “associada de modo contínuo e positivo a uma série de resultados da criança e da família”. Esses resultados incluem problemas de comportamento, rendimento escolar e comunicação pais-filhos.
Segundo o estudo, as pesquisas dos últimos anos sugerem que as relações de mais qualidade dos pais tendem a propiciar, nos filhos, atitudes mais positivas para com o casamento, o que torna mais provável que eles próprios venham a ter casamentos de boa qualidade.
Elizabeth Marquardt, diretora do site FamilyScholars.org e autora de um livro sobre os efeitos do divórcio nos filhos, lamenta, a respeito deste estudo, a omissão quanto à influência do estado marital nas crianças.
Marquardt afirma que o aprofundamento das tabelas e das estatísticas sobre o tipo de relação familiar proporciona uma interpretação mais adequada dos resultados. Quando detalha o tipo de família, a enquete mostra que os enteados têm o dobro de probabilidade de apresentar problemas de comportamento em comparação com as crianças que moram com seus pais casados. Os problemas aumentam para as crianças que moram com casais amasiados: eles têm quase três vezes mais probabilidade de apresentar problemas de comportamento.
As diferenças de situação marital dos pais repercutem ainda em outros parâmetros, como as relações sociais e o comportamento escolar dos filhos.
Marquardt menciona também que os resultados do estudo mostram que a qualidade da relação entre os adultos depende do fato de estarem casados ou não. A maior estabilidade e durabilidade de um casal casado são de grande ajuda para os filhos.
O casamento é bom
Mesmo não sendo nova a notícia de que o casamento é bom tanto para os casais como para os filhos, ela continua sendo confirmada pelas pesquisas. No início do ano, o doutor John Gallacher e David Gallacher, da Faculdade de Medicina da Universidade de Cardiff, publicaram em artigo no BMJ Student.
Uma reportagem publicada no dia 28 de janeiro pelo jornal Independent analisava, partindo dos dados dos pesquisadores, se o casamento é bom para a saúde.
“A conclusão é que, medicamente falando, o grupo mais longevo é o dos casados”, comentou o Dr. Gallacher.
Seu trabalho fazia referência a um estudo que envolvia milhões de pessoas em sete países europeus. Mostrava que, em média, os casais casados vivem em média 10% a 15% mais.
Quando se trata das crianças, Kay S. Hymowitz, em um artigo publicado no Los Angeles Times no dia 11 de novembro, afirma que as relações instáveis são mais prejudiciais para as crianças do que a pobreza.
Hymowitz se baseava no material publicado na edição de outono da revista Future of Children. Os artigos da revista eram a conclusão de um estudo sobre 5.000 crianças nascidas em áreas urbanas, entre populações de minorias.
O estudo acompanhou crianças que nasceram no fim dos anos noventa. Ao nascer, a metade dos casais vivia junto, sem estar casado, ainda que declarasse a intenção de casar. No entanto, cinco anos depois, só 15% desses casais tinham se casado. 60% tinham rompido.
Muitas das famílias desfeitas tinham problemas econômicos, e os filhos tinham pouco contato com seu pai biológico.
O estudo mostra que as crianças com mães solteiras tinham mais problemas de comportamento do que aquelas com o pai e a mãe casados. Os problemas pioram quando há rupturas e novas relações.
Os governos responderão ao apelo da OCDE pelo aumento do apoio às famílias? O custo de não fazer isso é muito alto.
Por Pe. John Flynn, L.C.
Fonte: www.zenit.org
Parada Gay: respeitar e ser respeitado!
Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.
Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!
“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.
A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.
Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.
A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.
Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?
As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Costa Rica será sede do V congresso internacional pró-vida
"A transmissão da vida: uma maravilha da criação", é o título do V Congresso Internacional Pró-vida que se realizará entre os dias 28 e 30 de outubro no Auditório Universidade Latina da Costa Rica.
Ao explicar a importância deste Congresso os organizadores assinalaram que "estamos em um ponto de inflexão no qual a cultura da morte e a cultura da vida ensaiam suas estratégias em um cenário global” para a causa da vida.
Por isso, indicam, "é de suma importância a presença ativa de peritos e representantes políticos de claras convicções. Além disso é necessária uma atualização permanente sobre as inovações técnicas, bioéticas e comunicativas que incidem na estratégia da defesa da vida humana".
Entre os expositores deste congresso internacional se encontram Dom Ignacio Carrasco de Paula, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida; o Dr. Thomas Hilgers, especialista em saúde reprodutiva, inventor da Naprotecnologia (tratamento para a infertilidade, que não expõe os problemas éticos da fecundação in vitro) e o Dr. Felipe Vizcarrondo, pediatra com um mestrado em Bioética.
Também estarão presentes Adolfo Castañeda, Diretor de Programas Educativos de Vida Humana Internacional, teólogo moral com mestrado em Teologia Dogmática; o Dr. Jorge Scala, doutor em Direito, autor de numerosos livros e conferencista Internacional; Terrence Mckeegan, J.D, doutor em Direito, encarregado da publicação semanal Friday-Fax e Vice-presidente da C-Fam.
Também estarão presentes Alejandro Bermúdez, jornalista e diretor da agência ACI Prensa; e a Dra. Paola del Bosco, filósofa e professora universitária.
Entre os temas mais importante se encontram "A dignidade da pessoa humana e sua dimensão ontológica"; "Uma visão integral da sexualidade humana"; "Ideologia de gênero como ferramenta de poder", entre outros.
Para mais informação: www.costarica2011.org
Fonte: www.acidigital.com
Em torno da causa gay
Toda a campanha em favor da causa gay, e que orienta a aprovação do projeto de lei 122, em tramitação no Senado, parte de uma mesma premissa: haveria, no Brasil, um surto de homofobia – isto é, hostilidade e ameaça física aos gays.
A premissa não se sustenta estatisticamente. Os números, comparativamente aos casos gerais de homicídios anuais no país – cerca de 50 mil! -, são irrelevantes.
Segundo o Grupo Gay da Bahia, de 1980 a 2009, foram documentados 3.196 homicídios de homossexuais no Brasil, média de 110 por ano.
Mais: não se sabe se essas pessoas foram mortas por essa razão específica ou se o crime se deu entre elas próprias, por razões passionais, ou pelas razões gerais que vitimam os outros 49 mil e tantos infelizes, vítimas do surto de insegurança que abala há décadas o país.
Se a lógica for a dos números, então o que há é o contrário: um surto de heterofobia, já que a quase totalidade dos assassinatos se dá contra pessoas de conduta hetero.
O que se constata é que há duas coisas distintas em pauta, que se confundem propositalmente e geram toda a confusão que envolve o tema.
Uma coisa é o movimento gay, que busca criar espaço político, com suas ONGs e verbas públicas, ocupando áreas de influência, com o objetivo de obter estatuto próprio, como se opção de conduta sexual representasse uma categoria social.
Outra é o homossexualismo propriamente dito, que não acrescenta nem retira direitos de cidadania de ninguém.
Se alguém é agredido ou ameaçado, já há legislação específica para tratar do assunto, independentemente dos motivos alegados pelo agressor. Não seria, pois, necessário criar legislação própria.
Comparar essa questão com o racismo, como tem sido feito, é absolutamente impróprio. Não se escolhe a raça que se tem e ver-se privado de algum direito por essa razão, ou previamente classificado numa categoria humana inferior, é uma barbárie.
Não é o que se dá com o homossexualismo. As condutas sexuais podem, sim, ser objeto de avaliação de ordem moral e existencial, tarefa inerente, por exemplo (mas não apenas), às religiões.
Elas – e segue-as quem quer – avaliam, desde que existem, não apenas condutas sexuais (aí incluída inclusive a dos heterossexuais), mas diversas outras, que envolvem questões como usura, intemperança, promiscuidade, infidelidade, honestidade etc.
E não é um direito apenas delas continuar sua pregação em torno do comportamento moral humano, mas de todos os que, mesmo agnósticos, se ocupam do tema, que é também filosófico, político e existencial.
Assim como o indivíduo, dentro de seu livre arbítrio, tem a liberdade de opções de conduta íntima, há também o direito de que essa prática seja avaliada à luz de outros valores, sem que importe em crime ou discriminação. A filosofia faz isso há milênios.
Crime seria incitar a violência contra aqueles que são objeto dessa crítica. E isso inexiste como fenômeno social no Brasil. Ninguém discute o direito legal de o homossexual exercer sua opção. E a lei lhe garante esse direito, que é exercido amplamente.
O que não é possível é querer dar-lhe dimensão que não tem: de portador de direitos diferenciados, delírio que chega ao extremo de se cogitar da criação de cotas nas empresas, universidades e partidos políticos a quem fez tal opção de vida.
Mesmo a nomenclatura que se pretende estabelecer é falsa. A união de dois homossexuais não cria uma família, entendida esta como uma unidade social estabelecida para gerar descendência e permitir a continuidade da vida humana no planeta.
Casamento é instituição concebida para organizar socialmente, mediante estatuto próprio, com compromissos recíprocos, a geração e criação de filhos.
Como aplicá-lo a outro tipo de união que não possibilita o que está na essência do matrimônio? Que se busque então outro nome, não apenas para evitar confusões conceituais, mas até para que se permita estabelecer uma legislação que garanta direitos e estabeleça deveres específicos às partes.
Há dias, num artigo na Folha de S. Paulo, um líder de uma das muitas ONGs gays do país chegou a afirmar que a heterossexualidade não resultaria da natureza, mas de mero (e, pelo que entendi, nefasto) condicionamento cultural, que começaria já com a criança no ventre materno.
Esqueceu-se de observar que, para que haja uma criança no ventre materno, foi necessária uma relação heterossexual, sem a qual nem ele mesmo, que escrevia o artigo, existiria.
Portanto, a defesa de um direito que não está sendo contestado – a opção pelo homossexualismo – chegou ao paroxismo de questionar a normalidade (e o próprio mérito moral) da relação heterossexual, origem única e insubstituível da vida. Não há dúvida de que está em cena um capítulo psicótico da história.
Ruy Fabiano é jornalista
Fonte: Blog do Noblat - oglobo.globo.com/pais/noblat
Retirados em Los Angeles cartazes que denunciavam abortos
Alfonso Aguilar, presidente da Associação Latina para os Princípios Conservadores, denunciou que a pressão de grupos abortistas obteve a retirada em Los Angeles (Estados Unidos) de três anúncios publicitários “que durante a última semana revelaram a verdade sobre o aborto na comunidade latina”.
O grupo Latinas da Califórnia pela Justiça Reprodutiva foi o que liderou a pressão sobre a companhia CBS Outdoor, proprietária dos anúncios, A diretora do grupo que demandou a retirada dos cartazes pró-vida, Marisol Franco, qualificou a campanha de “ataque racista e sexista contra as latinas”.
Entretanto, a mensagem que continham os anúncios era a silhueta de uma criança, a fotografia de bebês e a de uma mulher grávida, com a frase “o lugar mais perigoso para um latino é o ventre de sua mãe” escrita em inglês e espanhol.
Aguilar explicou que o objetivo era informar o público que as organizações abortistas se enfocam nas mulheres de grupos minoritários. Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC), 22 por cento dos 1.3 milhões de abortos que realizados anualmente nos Estados Unidos são feitos em mulheres latinas.
“Da mesma forma que (sucedeu) a uma campanha similar em Nova Iorque (onde também retiraram os pôsteres), os ativistas pró-aborto estão buscando desesperadamente encobrir que a Planned Parenthood se enfoca nas minorias, o que silencia a liberdade de expressão”, advertiu.
Fonte: www.acidigital.com
Lei sobre o final da vida na Espanha "exclui" a eutanásia porém a permite
A plataforma Profissionais pela Ética (PPE) divulgou hoje uma nota de imprensa sobre o projeto de lei sobre o final da vida na Espanha, na que explica que embora o texto "assegura" a exclusão da eutanásia, em realidade deixa aberta as portas para esta prática.
PPE assinala que o governo permitiu logo que se conheça o texto modificado que enviou às Cortes. O texto passa agora à Comissão de Sanidade e Consumo do Congresso dos Deputados espanhóis e poderá ser modificado mediante emenda até o próximo 6 de setembro.
Embora o texto diga explicitamente que a eutanásia não pode ser incluída entre os direitos dos pacientes, mantêm-se dois artigos que, na prática, a permitem.
O artigo 15 obriga o profissional da saúde a cumprir a vontade do paciente até o ponto de ser eximido de responsabilidade se efetuar atuações inadequadas ou puníveis.
O artigo 11 define a sedação paliativa como direito sem limites e não como tratamento sujeito a indicações concretas proposto pelo médico.
Fonte: www.acidigital.com
Brasil sem Aborto promove abaixo-assinado pela aprovação do Estatuto do Nascituro
Na tarde desta segunda-feira o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto lançou um abaixo-assinado para pedir aos poderes públicos a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/07), que atualmente tramita na Câmara dos Deputados. O projeto está sendo analisado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Para assinar o abaixo-assinado do Movimento Brasil Sem Aborto clique aqui: http://www.ipetitions.com/petition/estatutodonascituro/
O Estatuto do Nascituro protege a vida desde a concepção, reforçando o que diz o art. 5º da Constituição Federal, auxiliando inclusive as mulheres vítimas de estupro a terem condições de dar à luz de forma digna, com apoio do Estado.
O Art. 13 do Estatuto do Nascituro está de acordo com o Art. 203, incisos I e II, da Constituição federal, que fala sobre a prestação de Assistência Social a quem dela necessite com os objetivos de proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice, bem como de amparar as crianças e adolescentes carentes.
Esse artigo consta do Estatuto do Nascituro como uma medida de proteção aos seres humanos gerados por consequência de um estupro e como forma de amparar a mãe, possibilitando que ambos sejam resguardados de medidas extremas, explica a nota do site votocatolico.
Os organizadores também alertam que é necessário acompanhar de perto o andamento desse importante projeto de lei e pedir ao Deputado Cláudio Puty que emita um parecer favorável ao projeto, o que pode ser feito enviando e-mails ao deputado: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Fonte: www.jovensconectados.org.br
Células-tronco terão impacto cultural e social
Graças aos progressos científicos com as células-tronco adultas (stam cells), em um futuro próximo, prevê-se que a vida das pessoas poderá se prolongar notavelmente. O que isso suporá para os jovens, idosos, mas também para as pessoas hoje consideradas de meia-idade? Esta questão traz consequências políticas, sociais e principalmente antropológicas e culturais.
Para buscar respostas a tais interrogantes, o Conselho Pontifício para a Cultura convocou, de 9 a 11 de novembro, um congresso internacional com o título: “Células-tronco adultas: a ciência e o futuro do homem e da cultura”. O evento foi apresentado hoje na Sala de Imprensa do Vaticano.
Estiveram presentes na coletiva o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura; o sacerdote Tomasz Trafny, diretor do departamento “Ciência e Fé” do mesmo Conselho; e a Dra. Robin L. Smith, presidente da empresa farmacêutica norte-americana NeoStem Inc, moderados pelo Pe. Federico Lombardi.
O interesse do Conselho Pontifício para a Cultura não é, portanto, particularmente de índole técnica, mas visa a explorar o impacto cultural da medicina regenerativa a médio e longo prazo.
Quem esclareceu este aspecto foi o Pe. Trafny, recordando que, segundo as previsões atuais, “nas próximas décadas, a medicina regenerativa terá um papel não somente relativo às patologias degenerativas”, mas também na potencialidade da medicina e na “percepção do ser humano no vasto contexto cultural, sujeito a fortes mudanças”.
Portanto, apresentam-se “muitas perguntas existenciais que requerem uma maior reflexão e compreensão”.
A parceria com a NeoStem Inc, portanto, baseia-se “na coincidência em valores éticos que estão no centro da proteção da vida humana em cada uma de suas etapas, e no impacto cultural que podem ter as novas descobertas científicas no campo da medicina regenerativa”.
Particularmente hoje, “não se dá por descontado que uma empresa biofarmacêutica tenha uma forte sensibilidade com relação à proteção da vida em sua totalidade, além de um interesse de pesquisa cultural”.
A conferência internacional conta com o apoio de outros dois dicastérios da Santa Sé: o Conselho Pontifício para a Pastoral no Campo da Saúde e a Academia Pontifícia para a Vida, sem excluir contribuições específicas da Academia Pontifícia para a Ciência.
A cúpula de novembro terá um caráter divulgador de alto perfil, sem por isso excluir os que não têm uma preparação específica médico-científica. Buscar-se-á, portanto, conferencistas capazes de empregar uma linguagem adequada, segundo explicou o Pe. Trafny.
Sobre as células-tronco adultas, serão ilustradas as aplicações clínicas que em alguns casos já trazem notáveis benefícios para os pacientes, assim como os desafios futuros do homem.
Os convidados são: bispos, embaixadores da Santa Sé, ministros da Saúde de diversos países, meios de comunicação, entre outros.
Dom Ravasi quis distinguir também que existe “uma diferença importante entre técnica e ciência”, visto que a primeira dá dados, instrumentos, enquanto que a ciência utiliza os dados produzidos em um contexto muito mais vasto, justamente o científico, e portanto conectado também ao cultural.
O fato de que o Vaticano colabore junto a uma entidade farmacêutica norte-americana não significa que queira desafiar a administração Obama e suas políticas de saúde, como sugeriu um jornalista, mas que quer aprofundar em um problema de índole científico-cultural, tendo em conta “que muitas companhias biofarmacêuticas centram-se no lucro e não estão interessadas em indagar se haverá também algum resultado no plano cultural”.
Depois da conferência de imprensa, em declarações a ZENIT, o Pe. Trafny disse que “se tentará enfrentar esta pesquisa específica sobre as células-tronco adultas, contextualizá-la, fazer entender que não é um protocolo investigativo tipicamente científico que fica circunscrito no âmbito de um laboratório, mas que criará aplicações clínicas e que terá um impacto social e cultural muito amplo nas próximas décadas”.
As perguntas lançadas pelo diretor do departamento “Ciência e Fé” são: “Como será a cultura existente dentro de dez ou vinte anos? Como veremos o homem quando o desenvolvimento científico for tão avançado que entrará na profundidade dos mecanismos biológicos?”.
Mas também “Como se haverá de dar assistência às pessoas que chegam ou talvez vivam mais de 100 anos, como assisti-las e dar-lhes sustentabilidade? Assim como outras incógnitas: se a sociedade for demasiado velha, qual será o balanço e relação entre jovens, bebês, adultos e anciãos? Estas serão – disse – as perguntas que hoje temos de nos fazer para poder respondê-las”.
Ele afirmou que a Igreja “não é contra a pesquisa científica que desejamos sustentar. Entretanto, queremos que os bispos, pastores, agentes pastorais não tenham medo dessas descobertas científicas, de modo que eles possam responder às perguntas que lhes serão feitas. Porque aparecerão perguntas de tipo existencialista, antropológico, e é bom explorá-las bem agora”.
O alargar-se da vida poderá alterar o próprio conceito da morte? “É claro – respondeu o diretor de “Ciência e Fé” – que as células-tronco servirão para reparar um tecido danificado de um órgão, mas a ideia de imortalidade é ficção científica. Ninguém é capaz de afirmar que a pluripotencialidade das células garantirá a imortalidade, ainda que esse pudesse ser o desejo de algum cientista. Mas não estamos preocupados com essa visão”.
Fonte: www.zenit.org
Jornal vaticano: Publicidade do aborto e da eutanásia manipula a ansiedade e o medo das pessoas
O jornal vaticano L’Osservatore Romano denuncia como a propaganda do aborto e da eutanásia manipula e alenta nas pessoas a ansiedade e o medo próprios da sociedade atual, para gerar uma mudança cultural que banalize a morte através de um processo de recomposição mental.
Em um artigo de sua edição para este domingo 19 de junho escrito pelo especialista em bioética e em neonatologia italiano, Dr. Carlo Bellieni, titulado "Como se vende a morte", o perito adverte que "a comunicação intervém sempre com força para influenciar no modo em que percebemos nossa saúde e julgamos complexos assuntos bioéticos como o aborto e a eutanásia".
Utilizando um recente artigo publicado no American Journal of Public Health, o perito explica o conceito do "mercado das doenças", bastante conhecido no campo da medicina:
"Para vender fármacos se inventam do nada patologias ou se tratam como tais características humanas como, por exemplo, a timidez ou a menopausa". Este objetivo segue ademais uma clara estratégia que tem início ao "ampliar os dados para logo criar um sentido de pânico".
"Passa-se logo aos testemunhos que são de dois tipos: primeiro os casos quase ‘milagrosos’ do fármaco em questão, e logo os peritos que juram sobre a bondade do fármaco. Este fenômeno –prossegue– está em auge, sobretudo nos países onde para comprar os fármacos não sempre é necessária a receita médica, e isto é inquietante porque gera uma relação mercantilista entre o cidadão, a enfermidade e o médico".
Este procedimento publicitário, diz o Dr. Bellieni, aplica-se atualmente para introduzir novos critérios morais nas campanhas que promovem o aborto e a eutanásia.
Por exemplo, assegura, "o ingresso dos fármacos abortivos no mercado chega com uma propaganda incessante que os mostra como essenciais e condena aqueles que se opõem a eles como causadores dos sofrimentos das mulheres".
Entretanto, prossegue o perito médico italiano, vários estudos mostram que o aborto induzido por fármacos "é menos ‘aceito’ pelas mulheres e mais doloroso que o método cirúrgico. A isso também se somam vários casos de mortes como o da filha do Didier Sicard, então presidente do Comitê de bioética francês (em 2006)".
Sobre a campanha publicitária a favor da eutanásia, o Dr. Bellieni afirma que os seus promotores "buscam testemunhos famosos e casos lamentáveis, induzindo na população a ansiedade pela possibilidade de encontrar-se amanhã em coma, entubados, em vida contra os próprios interesses".
O perito precisa logo que as campanhas a favor da pílula abortiva e o suicídio assistido "na realidade procuram vender uma opção cultural sobre a morte. A primeira quer fazer ver a morte como algo banal, como tomar um copo de água (que efetivamente no imaginário acompanha o fato de tomar uma pílula), enquanto que a segunda busca ‘dirigi-la’, na ilusão de provocá-la subitamente cancelando assim o fato de ter que vê-la".
"Desta forma ambas escondem o engano de não ver a morte de frente e de chamá-la com outro nome, em uma operação psicologicamente perigosíssima de remoção mental", adverte o médico especialista.
Para o Dr Bellieni, aqueles que geram estas campanhas manipulam a ansiedade das pessoas e a alimentam, dado que esta é uma característica fundamental da sociedade pós-moderna onde acontecem "inumeráveis anúncios de improváveis catástrofes apocalípticas aonde o medo, o anseio de controle para não ir ao encontro de imprevistos superou o desejo de projetar o futuro".
"Tanto é certo que esta é a primeira geração que foi descrita como caracterizada pela perda de ideais, e na qual, como cantava Bob Dylan no Masters of Wars se produz ‘o pior de todos os medos, o de trazer filhos ao mundo’".
Com a publicidade e os meios exaltando a opção pela morte com o aborto e a eutanásia, afirma o perito, "querem fazer-nos esquecer que a depressão, a solidão e as dificuldades podem ser superadas e com freqüência vencidas. E nos fazem assimilar necessidades e comportamentos induzidos, bem distantes das necessidades reais e das respostas que as pessoas necessitam".
Ao final de contas, conclui, criam-se "necessidades que nem nós mesmos compreendemos".
Fonte: www.acidigital.com
OEA rejeita polêmica convenção que promove o aborto e as uniões gay
A Organização de Estados Americanos (OEA) decidiu rechaçar a inclusão em sua agenda da controvertida "Convenção de Direitos Sexuais e Reprodutivos" com a qual feministas e promotores do aborto pretendiam pressionar os países membros para impor esta prática anti-vida e as uniões homossexuais.
O Escritório para a América Latina do Population Research Institute (PRI) assinala em seu último boletim que esta polêmica convenção "é nada mais e nada menos que a tentativa de mais de uma década por celebrar um tratado internacional que inclui a legalização do aborto, a proteção legal de qualquer tipo de comportamento ou orientação sexual e o reconhecimento dos direitos reprodutivos e sexuais em nível de direitos humanos".
"Em outras palavras, um caminho legal para aprovar tudo o que não obtiveram nos congressos nacionais", adverte o boletim.
O PRI assinala ademais que "o evento que contou com a participação de todos os estados membros da OEA e 147 organizações da sociedade civil jamais considerou a discussão de semelhante projeto. Não esteve em nenhum momento na lista de projetos de resolução a serem discutidos publicada na página web da OEA".
Em declarações à agência ACI Prensa, Georgina de Rivas, diretora executiva da Fundação Sim à Vida com sede em El Salvador, indicou que a convenção –rechaçada no marco da 41ª Sessão Ordinária da OEA celebrada de 5 a 7 de junho em San Salvador– inclui "o ‘direito’ a decidir quando ter uma gravidez e o ‘direito’ a terminar a gravidez também, ou seja claramente fala de aborto".
Rivas denunciou que este documento também considera "a união entre homossexuais com a capacidade para poder adotar".
A Convenção promovida pelo lobby gay e feminista "também propõe os direitos sexuais e reprodutivos para pessoas de todas as idades". Isto, advertiu, inclui as crianças.
A líder pró-vida alertou que a controvertida convenção promove o "direito ao erotismo, o direito ao prazer", incluindo novamente os menores como sujeitos destes supostos direitos.
Rivas explicou que o objetivo desta Convenção rechaçada pela OEA é "uma ‘reculturização’ dos países assinantes, quer dizer, comprometer os governos a que façam campanhas para culturizar, tanto os profissionais, professores, médicos, psicólogos, etc., para poder acomodar a cultura ao que se expõe nela (na conferência)".
A diretora executiva da Fundação Sí a la Vida (Sim à Vida) ressaltou que outro perigoso aspecto da polêmica convenção é a limitação de "maneira radical da objeção de consciência para os profissionais".
"A preocupação que temos", expressou Rivas à ACI Prensa, "é que o Secretário Geral da OEA (José Miguel Insulza) disse (ao lobby gay e feminista) que estava de acordo e que a convenção lhe parecia bem, e possivelmente nem sequer leu o conteúdo do documento".
Irrupção abortista
A líder pró-vida salvadorenha assinalou que os delegados dos países presentes na sessão foram "tomados de surpresa" quando um grupo do lobby abortista irrompeu e "e pôs-se a exigir que (o tema) seja incluído na Convenção".
Os delegados, acrescentou, "não esperavam ver de repente em uma sessão de segurança tantas pessoas exigindo isso. Havia transexuais, homossexuais, e feministas radicais".
Georgina de Rivas disse que a surpresa dos delegados era compreensível posto que todos tinham chegado a El Salvador não para tratar o tema dos "direitos sexuais e reprodutivos", mas para tratar a luta contra o narcotráfico, a insegurança gerada pelas gangues, situações "de atualidade pelos altos níveis de violência que vivemos em toda a América Latina e também em nosso país".
A líder exortou a estar atentos aos movimentos destes grupos de pressão abortistas, pois "não acredito que se deram por vencidos, eles vão seguir impulsionando" a polêmica Convenção.
"Tenho a suspeita de que voltarão a impulsionar (os temas) na 42ª Sessão da OEA", quer dizer em 2012.
El Salvador retira reservas a conferência do Cairo
Georgina Rivas também denunciou à ACI Imprensa que El Salvador retirou há poucos meses as observações críticas que havia feito à Conferência de População e Desenvolvimento do Cairo em 1994, que promovia o aborto.
"Não sabemos ainda se foi o Chanceler ou a quem foi dada essa faculdade, os plenos poderes para poder retirar as observações de reserva", entretanto "eu fui à Chancelaria para pedir o documento especial, para saber quem havia assinado e com autorização de quem, porque é uma inconstitucionalidade já que nossa Constituição defende a vida desde o momento de sua concepção", finalizou.
Fonte: www.acidigital.com