Bento XVI sobre células-tronco embrionárias: nenhuma promessa de saúde vale a destruição de uma vida humana
Quem faz pesquisa com células-tronco embrionárias, destruindo-as em nome do progresso da medicina, comete uma "grave violação do direito à vida de todo ser humano".
Foi a afirmação principal do discurso que Bento XVI dirigiu na manhã deste sábado recebendo em audiência na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da Conferência internacional centralizada no estudo das células-tronco adultas.
Ao invés – afirmou o Pontífice –, a utilização das células-tronco adultas não suscita problemas éticos e permite à ciência estar realmente a serviço do bem da humanidade.
Uma certa pesquisa científica não gostaria de ter barreiras éticas, em nome da promessa de melhor saúde que diz poder oferecer – promessa, certamente, de grande aceitação pública –, mas também em nome de notáveis ganhos privados que tal pesquisa promete.
A Igreja, que considera a vida um dom sagrado de Deus, sempre rejeitou essa mentalidade porque – ponderou o Pontífice – o progresso sem regras tem "custos humanos inaceitáveis".
A pesquisa com células-tronco embrionárias e a pesquisa com células-tronco adultas delineia de modo nítido essa diferença de visão, sobre a qual Bento XVI voltou a pronunciar-se.
Em primeiro lugar, o Santo Padre evidenciou a beleza da ciência enquanto capacidade do gênio humano de "explorar as maravilhas do universo, a complexidade da natureza e a beleza peculiar da vida, inclusive da vida humana". Todavia, objetou:
"A partir do momento em que os seres humanos são dotados de alma imortal e são criados à imagem e semelhança de Deus, existem dimensões da existência humana que se encontram além dos limites daquilo que as ciências naturais são competentes em determinar. Se tais limites são violados, há o sério risco de a dignidade única e inviolável da vida humana ser subordinada a considerações meramente utilitaristas."
"A mentalidade pragmática que muitas vezes influencia as decisões no mundo de hoje – observou Bento XVI – está por demais disposta a usar todos os meios disponíveis para alcançar o fim almejado, apesar da ampla prova das conseqüências desastrosas produzidas por tal pensamento."
Quando a finalidade é vista a ponto de não se ter nada mais "altamente desejável" como a descoberta de uma cura para as doenças degenerativas, isso representa uma tentação para os "cientistas e os responsáveis políticos a deixarem de lado as objeções éticas e a prosseguirem com toda e qualquer pesquisa que pareça oferecer a perspectiva de uma reviravolta":
"Aqueles que defendem a pesquisa com células-tronco embrionárias na esperança de alcançar tal resultado cometem o grave erro de negar o direito inalienável à vida de todo ser humano, desde o momento da concepção até a morte natural. Mesmo a destruição de uma só vida humana jamais pode ser justificada em termos do benefício que ela possa um dia oferecer a outro."
Por outro lado, a pesquisa com células-tronco adultas respeita os limites éticos e é imagem de uma ciência que "pode dar uma contribuição realmente notável para a promoção e a salvaguarda da dignidade do homem".
Por isso, mesmo os progressos nesse setor podem ser considerados "muito relevantes" porque a possibilidade de cura das doenças degenerativas crônicas não se dá em detrimento dos embriões humanos, mas – recordou – "utilizando tecidos de um organismo adulto, o sangue do cordão umbilical no momento do nascimento, ou tecidos de fetos mortos de morte natural".
"O melhoramento que tais terapias prometem constituiria um significativo passo adiante na ciência médica, levando nova esperança aos doentes e às suas famílias. Por esse motivo, a Igreja oferece naturalmente o seu encorajamento àqueles que estão empenhados em tal realização e defende a pesquisa desse tipo, sempre desde que efetuada no respeito pelo bem integral da pessoa humana e pelo bem comum da sociedade."
Disso deriva "que o diálogo entre ciência e ética é da máxima importância a fim de assegurar que os progressos da medicina jamais sejam obtidos a preço de custos humanos inaceitáveis" – ponderou Bento XVI.
Fonte: Rádio Vaticano
Ciência sem ética está "fora de jogo", precisa autoridade vaticano
O Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Arcebispo Rino Fisichella, destaca em um artigo publicado por L'Osservatore Romano que "uma ciência que queira experimentar com a vida humana sem sentir a necessidade de uma reclamação ética se coloca a si mesma fora de jogo, porque se emprestaria a ser alvo de suspeita de estar ao serviço dos poderosos do momento e não do bem de toda a humanidade".
Depois de lembrar que a Igreja é perita em humanidade, "como disse Paulo VI ante as Nações Unidas" e que em toda sua história sempre defendeu a vida e a dignidade humanas, o Arcebispo ressalta que esta " possui para os cristãos uma sacralidade porque é antes de mais nada mistério, desde seu início até seu fim evidencia o que a natureza tem em si que é ininteligível, que ainda agora não é capaz de cair ante a análise mais crítica nem se equipara à máquina mais precisa; e por isso deve ser respeitada por todos".
"Quando se fala de vida humana, em resumo, não se está em presença de uma matéria manipulável, está-se ante a dignidade intrínseca que merece pelo menos respeito", precisa.
Assim como os estados estão em capacidade de defender e promover a vida humana; e opinar nos assuntos concernentes a ela, "do mesmo modo, a liberdade da Igreja de expressar seu próprio ensino não pode ser limitada por alguns cientistas ou intelectuais, que consideram que destes conteúdos não devemos falar".
"Se outros encontrarem suas certezas na ciência não encontrarão em nós a opositores. Só desejaríamos com grande respeito lembrar que também a ciência não tem certezas definitivas e que o mistério da existência humana, com suas perguntas inevitáveis de sentido, também vale para eles. Não necessariamente devem escutar à Igreja Católica, mas se mantiverem aberta a porta de sua razão e dão espaço à força do raciocínio é suficiente", continuou.
Do mesmo modo, o Arcebispo precisa que "isto, ao final, será também o filtro para verificar quem se adere aos fundamentalismos confessionais ou laicistas, que de fato não servem para dirigir a uma visão compartilhada para a salvaguarda e o respeito da vida humana".
Fonte: ACI Digital
Sete perguntas fundamentais sobre aborto
Enquanto na Argentina a discussão sobre a despenalização do aborto continua cheia de altos e baixos, no estado do Mississipi, Estados Unidos, o referendo que pretendia estabelecer que um óvulo fertilizado teria os mesmos direitos de uma pessoa foi rejeitado nesta semana. A Emenda 26 criminalizaria o aborto e poderia até impossibilitar alguns métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte. Mas afinal, o que está em jogo nessas discussões? Três especialistas com posições diversas sobre o assunto discutem prós e contras.
Qual a diferença entre liberação, descriminalização e despenalização do aborto?
Maurício Pessoa, advogado e professor de Direito Civil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), explica que, na prática, não há diferença algum. Hoje tanto a mulher que passa pelo aborto quanto o médico que o realiza estão cometendo um crime
A descriminalização aumentaria o número de abortos praticados no Brasil?
De acordo com Maurício, é importante entender que até o momento as estatísticas de quantos abortos são feitos no país são apenas estimadas. "O que conhecemos de fato são os casos de abortos que acabam em complicações. Nesses casos, as mulheres procuram os hospitais e o estado consegue ter um controle sobre as incidências." Com a descriminalização, em um primeiro momento, o número poderá até parecer alto, mas é preciso lembrar que isso ocorre justamente porque hoje a prática é clandestina e faltam dados concretos sobre ela. Maurício Pessoa adverte que será preciso acompanhar os dados estatísticos durante um bom tempo após a descriminalização antes de afirmar que houve aumento ou diminuição do número de abortos em função da descriminalização. É exatamente isso o que defende Rosângela Talib, integrante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir: "em um primeiro momento há um acréscimo referente à demanda reprimida. Depois de um tempo, esse número tende a se estabilizar com uma significativa diminuição de casos."
As mulheres passarão a usar o aborto como método contraceptivo?
A presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto, Lenise Garcia, acredita que isso pode acontecer. "Médicos de Portugal, por exemplo, já reportaram essa tendência em seu país e isso precisa ser uma preocupação quando se fala em despenalização do aborto." Já Rosângela diz que as mulheres não usam aborto como contraceptivo porque querem. "Ao usar o serviço de saúde para realizar a interrupção da gravidez, as mulheres terão também acesso a atendimento médico e aconselhamento em relação ao planejamento familiar, o que vai permitir que elas façam melhores escolhas em relação aos métodos contraceptivos."
Quais as consequências legais hoje para a mulher que faz um aborto?
"Ela responde criminalmente pelo ato com pena de detenção de um a três anos. Na prática, porém, são raras as condenações criminais", afirma o advogado especialista em Direito Civil. "A criminalização do aborto não é um impeditivo eficiente para as mulheres. São os médicos que realizam os procedimentos de interrupção da gravidez os mais interessados na descriminalização."
Quais foram as mudanças mais significativas que ocorreram nos países que despenalizaram o aborto?
"Observamos o uso indevido do aborto. Acontece uma banalização do procedimento", defende Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto. Além da banalização, ela afirma que estudos mostraram que os países que descriminalizaram o aborto apresentaram maior incidência de doenças psíquicas nas mulheres que passaram pelo procedimento. Já Rosângela Talib afirma: "os países que descriminalizaram o aborto, ganharam muito em matéria de saúde pública, diminuíram suas despesas relativas a leitos para complicações ginecológicas, diminuíram os índices de mortalidade materna, aumentaram os serviços de educação sexual, possibilitaram maior acesso da população ao uso de anticonceptivos."
Qual o papel das religiões nesta discussão?
"Acho legítima a manifestação sob o aspecto religioso. Todos têm o direito de explicitar sua fé e isso enriquece o debate", defende Maurício. Lenise Garcia também aponta a importância do debate religioso em torno do tema, mas ressalta que a discussão precisa ser mais ampla, englobando aspectos éticos, médicos e científicos. Na outra ponta da discussão, Rosângela afirma que a religião não deveria ter papel algum nesse debate, mas reconhece que isso não é tão simples. "Vivemos em um país laico. Estado e Igreja são independentes e separados no Brasil. Mas sabemos que na realidade não é assim."
Qual a tendência no mundo hoje: descriminalizar ou continuar proibindo a prática?
Lenise, do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem Aborto, acredita que não só a tendência é continuar proibindo o aborto, como nos países onde ele foi liberado existe a possibilidade de rever essa posição depois de constatados os problemas que a liberação do aborto pode trazer. Rosângela não tem a mesma opinião. "Acreditamos que a tendência legal no mundo é a descriminalização do aborto. Os países que legalizaram o aborto estão obtendo bons resultados no que se refere à diminuição da prática". Maurício resume: "Não há consenso. Sempre há uma forte oposição quando falamos em despenalização do aborto. O debate tem aumentado e já é possível ver um movimento mais forte para descriminalizar, mas além de moral essa também é uma discussão política. O governo que estiver no centro do debate pode determinar que ele venha à tona ou não."
Fonte: Midia News
“Aborto” filme/documentário “180″: 33 minutos que mudarão sua opinião - VEJA
O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.-ASSISTA NO FINAL DO POST O VÍDEO…São 33 minutos que farão você pensar sobre o assunto. O produtor do filme, o ministro cristão Ray Comfort, faz um paralelo entre o aborto e o Holocausto dos judeus na Alemanha.
O que você diria se em minutos uma pessoa mudasse de opinião ou, em outros termos, desse um giro de 180º sobre sua escolha em relação ao aborto? Esse documentário livre pró-vida lançado recentemente mostra sucesso nesse desafio. Seus criadores mostram conversas extraordinárias com os jovens e como eles são convidados a reconsiderar sua posição sobre o polêmico tema.
Distribuição e acessos recordes
Nesta semana, um pequeno exército de mil trabalhadores doou 200 mil cópias do premiado filme “180″ às cem melhores universidades em todo o país. Para evitar a oposição, o dia e a localização de cada uma das universidades ficaram em segredo. O vídeo mostra a controversa vida de oito pessoas que são inflexivelmente pró-aborto e mudam suas mentes e tornam-se pró-vida em questão de minutos, porque eles foram convidados a refletir ética e moralmente sobre o tema por meio de perguntas.
No primeiro mês no YouTube, o vídeo www.180movie.com teve 1,2 milhão de acessos e mais de 19 mil comentários, e tem sido considerado “o melhor filme na Internet.”
O produtor do filme, Ray Comfort, disse: “As pessoas estão mudando a mente sobre a polêmica questão do aborto. Não apenas assistem on-line, mas compram para dar de presente. Já vendemos mais de 150 mil cópias em questão de semanas. Uma pequena igreja comprou 16,8 mil DVDs. Mas essa doação da universidade foi muito especial, porque agora o DVD está nas mãos dos jovens da América, e de muitos engajados no diálogo saudável”, festeja Comfort.
“Eu ganhei este DVD enquanto caminhava para a aula. Cheguei em casa, vi e isso mudou meu coração. Eu comecei a pensar sobre cada pergunta que foi feita. Eu ficava sempre indeciso sobre o aborto, mas agora eu sou anti-aborto”, disse um estudante.
Uma jovem americana também viu o filme e foi impactada pela mensagem. “O filme é poderoso. Eu sempre disse a mim mesma que nunca faria um aborto, mas não era contra o que outras mulheres faziam. Mas, eu mudei completamente minha mente agora. O aborto é assassinato, que deveria ser ilegal”, admite a estudante.
Comfort conta que estava na calçada de uma clínica de aborto com o seu laptop e duas jovens senhoras pararam e assistiram ao trailer. “Depois disso, assistiram ao DVD ’180′. Uma estava grávida de quatro meses. Ambas estavam a caminho de fazer um aborto, estavam em lágrimas, abraçaram meu pescoço e decidiram dar os bebês à adoção. Eu chorei também.”
O autor de best-sellers e produtor de cinema Ray Comfort concluiu: “Não vou descansar enquanto o horror do assassinato de crianças for uma realidade jurídica em nossa nação. Mas, a mudança política só virá se aqueles que se preocupam com os não-nascidos falarem. Nós criamos o Curso de ’180 ‘para ajudar aqueles que se preocupam de forma confidencial e querem falar sobre o assunto, de uma maneira que faça sentido. Qualquer um pode mudar a mente de alguém sobre o aborto como eu fiz em ’180′, se têm um coração amoroso e se estão dispostos a aprender alguns princípios simples. Conhecidos líderes cristãos também contribuíram para o curso, que está disponível em www.heartchanger.com”, explica Comfort .
Assista ao filme na íntegra, com legendas em português:
http://www.youtube.com/watch?v=_CYOjvbzUow&feature=player_embedded
Fonte: ODiario.com
Células-tronco adultas: Igreja anuncia início da experimentação
Está em andamento no Vaticano o Congresso Internacional que reúne cientistas que trabalham em pesquisas com células-tronco adultas.
No total, 350 especialistas, personalidades políticas, bispos e embaixadores, participam de três dias de debates dedicados a esse tema, ainda pouco conhecido pelo grande público e que surge como uma alternativa ao recurso às células embrionárias.
Para a Igreja, a pesquisa tem a vantagem de não interferir na vida desde a concepção, ao contrário das células retiradas de embriões - consideradas promissoras por grande parte da comunidade científica - mas que acarretam a destruição desses embriões.
As células-tronco adultas localizadas, por exemplo, na medula espinhal, no sangue ou no fígado, podem ser modificadas e formar tecidos com usos terapêuticos múltiplos: curar doenças como a esclerose em placas ou leucemias.
Segundo o presidente da fundação estadunidense ‘Stem for Life’, Max Gomez, a pesquisa evidenciou perspectivas particularmente promissoras: tratadas especialmente, essas células podem não apenas regenerar os tecidos de onde provêm, mas também adaptar-se a outros tecidos. Essas terapias, em pleno desenvolvimento, abrem novas esperanças, principalmente para as pessoas com doenças cardíacas e diabetes.
Para Dom Ignacio Carrasco de Paula, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, “a própria realização do colóquio derruba a ideia segundo a qual a Igreja “estaria em briga” com a ciência, permanecendo fechada numa atitude hostil.
“No campo da pesquisa médica, a Igreja sabe que não existe alternativa à experimentação no homem, mas o que vale é que o homem não deve jamais ser objeto, mas sujeito. Os atores são dois, médico e paciente” - disse o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho da Cultura, que organizou o encontro.
Dom Vincenzo Paglia, bispo de Terni-Narni, deve anunciar nesta quinta-feira, no encontro no Vaticano, que depois de anos de expectativa, estaria tudo pronto para a experimentação clínica de células-tronco adultas em pacientes com esclerose lateral amiotrófica, na cidade de Terni. O jornal L’Osservatore Romano antecipou a notícia de que um grupo de cientistas, coordenado e apoiado pelo bispo há anos, finalmente recebeu dos organismos competentes as autorizações necessárias para iniciar o programa de experimentação. A prática consiste no transplante de células-tronco do cérebro humano na medula espinhal de 18 pacientes de esclerose lateral amiotrófica, cuja seleção deve começar em dezembro.
Fonte: Rádio Vaticano
CEDAW não pode obrigar o Peru a aprovar aborto, adverte pró-vida
O Diretor do Escritório para a América Latina do Population Research Institute (PRI), Carlos Polo, advertiu que o CEDAW não tem competência para obrigar o Peru a aprovar o aborto terapêutico, tal como os grupos abortistas desejam.
Polo se referiu ao recente pronunciamento do Comitê para a Eliminação da Discriminação Contra a Mulher da ONU (CEDAW), que sancionou o Peru por negar-se a praticar o aborto terapêutico em uma adolescente e o chamou a estabelecer um mecanismo que legalize esta prática.
O fato se remonta a 2007, quando a menor L.C., então de 13 anos, ficou grávida após um estupro. A menina tentou se suicidar jogando-se do teto de sua casa, depois do qual ficou com graves deficiências físicas.
Este caso foi aproveitado por grupos abortistas que exigiram que se realize nela um aborto, argumentando que com isto a menina recuperaria sua mobilidade. Entretanto, os médicos se negaram a fazê-lo ao assinalar que a gravidez não tinha relação alguma com a imobilidade da menor, já que esta foi gerada pela ruptura de uma vértebra cervical produto da queda.
Em declarações esta terça-feira ao grupo ACI, Polo advertiu que "o CEDAW não tem competência para obrigar o Peru porque somente vigia um tratado onde o ‘direito ao aborto’ não é mencionado. De fato ‘o direito ao aborto’ não é uma política da ONU".
"Estes membros do Comitê que recomendam legalizar o aborto o fazem a título pessoal e não têm representação da ONU. Isso é sabido por qualquer funcionário do Ministério do RREE de qualquer país", afirmou.
Por isso, o perito criticou os grupos abortistas que, através dos meios de comunicação, quiseram manipular a opinião pública para que se pense que o país está obrigado a cumprir o que diz este comitê. "Os grupos abortistas não têm nenhum reparo em construir seus argumentos com mentiras, mas as autoridades se tiverem a obrigação de rechaçar esta iniciativa", assinalou.
Por sua parte, Carol Maraví, coordenadora nacional de Unidos pela Vida e a Família, criticou a ONG Promsex por aproveitar-se deste caso para impulsionar o aborto “terapêutico” no Peru.
Em declarações ao grupo ACI, recordou que os médicos concluíram "que operar a menina nesse momento não ia melhorar em nada seu prognóstico de vida ou de qualidade de vida. Para quê colocar em risco a vida do bebê se não isto não ia beneficiar em nada a saúde da mãe? Essa foi a conclusão do comitê de ética". Portanto, assinalou, o caso não qualificava "para pedir um aborto terapêutico".
Maraví explicou que quando há casos de risco para a saúde da mãe, o que fazem os médicos é tentar salvar a vida da mulher grávida, "infelizmente se perdem a vida do bebê no processo (…), o fiscal averiguará e saberá que salvando à mãe se perdeu ao menino".
Por sua parte, Polo recordou que "o aborto não é um serviço médico essencial, como o é salvar a criança e a mãe".
"Sobre salvar a criança, os grupos feministas não dizem nada. Somente pedem revisar a despenalização do aborto. Isso em resumo é instrumentalizar a menina para obter suas metas políticas. Eu sei de uma organização que ofereceu ajuda à menina L.C. para ajudar com sua deficiência e estes grupos a têm virtualmente seqüestrada. Portanto, o Estado deveria sair adiante e desmontar esta lorota", expressou.
Fonte: ACI Digital
São Paulo tem Centro de Ajuda à Mulher
A Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira o primeiro Centro de Ajuda à Mulher (CAM) da capital paulista. O evento teve cerimônia religiosa presidida pelo bispo auxiliar de São Paulo e referencial da Pastoral Familiar da Arquidiocese, Dom Joaquim Justino Carreira.
O CAM - instituído primeiramente em 1989, no México, com a anuência da Igreja Católica, e pioneiramente no Brasil na cidade de Jacareí, interior paulista - tem como objetivo identificar e auxiliar gestantes em crise com intenção de abortar, para orientá-las quanto aos riscos do procedimento abortivo, tentando convencê-las a manter a gravidez.
Para as gestantes que desistem de realizar o aborto, o projeto CAM oferece orientação pessoal, familiar e espiritual; atendimento telefônico e presencial; e acompanhamento individual, procurando auxiliar também, quando se faz necessário, com despesas, testes de gravidez, ultra-som e enxoval. Em alguns casos, como informa a Arquidiocese de São Paulo, há também o encaminhamento das crianças para casas de acolhimento, à adoção, e também o acompanhamento médico e psicológico da gestante.
A Arquidiocese informa que em São Paulo, o projeto CAM terá o complemento de outra iniciativa, denominada "Raquel". O projeto foi iniciado nos Estados Unidos, com o apoio da Conferência Episcopal norte-americana, e consiste numa rede de pessoas - sacerdotes, conselheiros leigos e outros - que ajudam individualmente as pessoas que sofrem após o envolvimento em algum aborto.
Fonte: Rádio Vaticano
Funcionário vaticano: "Sim à investigação em células adultas, nunca em embriões"
O Responsável pelo Departamento Científico do Conselho Pontifício da Cultura, Monsenhor Tomas Trafny, participará do Simpósio Internacional celebrado amanhã no Vaticano, chamado "Células Adultas Estaminais: Ciência e Futuro do Homem e a Cultura", para advogar pela investigação com células estaminais adultas em lugar das embrionárias.
Em uma entrevista concedida este 7 de novembro ao grupo ACI, Monsenhor Trafny, explicou que a exploração de células estaminais embrionárias vai contra o direito mais fundamental e primitivo que existe, o direito a viver.
"Do ponto de vista ético moral, como Igreja nós afirmamos e fortemente defendemos a inviolabilidade da sacralidade da vida, e portanto nos opomos a um tipo de investigação dentro da qual se cria a vida para explorá-la e logo suprimi-la", expressou Monsenhor Trafny.
O uso de células embrionárias tem um reduzido número de aplicações clínicas, ao mesmo tempo cria novos problemas na saúde dos pacientes. "Do ponto de vista da ética católica é inaceitável".
Os tratamentos com células embrionárias "criam tumores, criam por exemplo teratomas, é uma atividade que ao mesmo tempo cria importantes questões desde o ponto de vista da segurança da aplicação clínica".
O funcionário vaticano advoga pela investigação com células tronco adultas, quer dizer, aquelas que se apresentam de maneira natural, no próprio indivíduo.
"Nós vemos que as células tronco adultas, autólogas, evitam toda uma série de problemas que vão além do aspecto ético moral e que se referem especificamente à aplicabilidade e a segurança do ponto de vista médico científico", afirmou.
Ele explicou que o dicastério procura "fazer que as pessoas entendam que é possível fazer uma investigação excelente que produz resultados notáveis sem criar um conflito do tipo moral, sem ferir ou destruir a vida de outro ser".
Monsenhor Trafny considerou que há vezes que até o melhor político ou o melhor cientista tem um vazio em sua formação moral, e "não vêem o horizonte de problemáticas que, em troca, formam parte da vida do homem".
"Nós queremos que haja um diálogo entre os representantes das ciências naturais e das ciências humanas".
A conferência de amanhã não é um encontro puramente científico, mas divulgativo, e busca "traduzir o difícil conhecimento médico tão sofisticado e avançado a uma linguagem mais acessível".
Ele informou que pensa-se para o futuro preparar instrumentos de ajuda pastoral dirigidos aos sacerdotes, os trabalhadores pastorais e os fiéis que procuram respostas nas questões relacionadas com a saúde e, dentro desta, as enfermidades degenerativas.
Monsenhor Trafny indicou que o dicastério é consciente de que em ocasiões os pastores e os fiéis, em questão de saúde "às vezes não sabem como pensar, não sabem como responder às perguntas e os problemas que surgem".
Por isso este evento oferecerá uma ajuda que a longo prazo possa "chegar a ser um instrumento de ação pastoral. Porque a confusão é quão pior um pastor pode ter".
Esta iniciativa, indicou, conta ademais com a colaboração do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde e a Pontifícia Academia para a Vida.
O objetivo é "saber que tipo de impacto pode ter esta investigação, por exemplo, sobre a vida social, sobre as feitorias econômicas, sobre a visão do homem, do ponto de vista filosófico, teológico, sobre a visão da cultura, nosso ideal seria indagar sobre o impacto legislativo, sobre como acontecem ou se manifestam as perguntas de tipo político".
Fonte: ACI Digital
Polêmica em torno do aborto volta depois de denúncia no Amazonas
Movimentos feministas consideram prática do aborto um caso de saúde pública por conta das mortes provocadas no Brasil por causa deste procedimento
O embate entre argumentos religiosos, médicos e de movimentos feministas são fatores que sempre fazem parte da polêmica que envolve a discussão da legalização do aborto no País. O tema voltou a ganhar destaque em Manaus, na última semana, após a TV A Crítica divulgar vídeos mostrando a ação de dois médicos que fazem abortos há mais de três décadas na capital.
A exibição resultou em um pedido de prisão preventiva a um dos médicos mostrados nas imagens, o ginecologista Durval Carriço. O outro médico denunciado foi o ginecologista Antônio Cabede Lopes.
Para a representante do Movimento de Mulheres Solidárias do Amazonas (Musa), Luzarina Varela, o aborto deve ser considerado uma questão de saúde pública, uma vez que, anualmente, muitas mulheres morrem ao passar pelo procedimento em todo o País. De acordo com a militante social, o aborto deve ser descriminalizado para que não existam mais clínicas clandestinas, médicos oportunistas, e para que as mulheres possam contar com uma rede de assistência ginecológica e psicológica, o que poderia, inclusive, diminuir o número de procedimentos realizados.
“Essas mulheres são tratadas como criminosas, mas na maioria das vezes elas foram abandonadas pelos companheiros, que tem tanta responsabilidade quanto ela. Até hoje nunca se viu um homem ser preso por aborto”, apontou.
De acordo com a coordenadora da Articulação de Mulheres do Amazonas (AMA), Socorro Papoula, que também luta pela descriminalização do procedimento, é necessário que o País tenha políticas públicas voltadas para homens e mulheres para que o comportamento da sociedade mudem em re lação à gravidez.
“Infelizmente, vivemos em um país conservador que discrimina a mulher que faz isso e a trata com preconceito. Muitos homens não se responsabilizam pelos filhos. Essa é uma luta constante e difícil porque lutamos contra as igrejas, mas isso não é caso de religião e sim de saúde pública porque são as mulheres que estão morrendo”, declarou.
A presidente da Associação Amazonense de Ginecologia e Obstetrícia (Assago), Hilka Espírito Santo, apontou que um dos fatores mais preocupantes relacionados à realização do aborto é o comprometimento da saúde da mulher. Segundo a ginecologista, a pessoa que passa por esse procedimento tem grandes chances de desenvolver uma infecção ginecológica, sofrer uma perfuração uterina, ter uma dilatação no colo em uma futura gravidez.
“Isso ocorre, na maioria dos casos, devido à situação de ilegalidade das clínicas de aborto. A descriminalização do aborto é uma questão muito complicada por que tem agravantes”, afirmou.
Hilka afirmou, ainda, que esmo nos primeiros dias de gestação, a criança sofre com o procedimento. “Existe uma vida desde o primeiro momento em que ocorre a fertilização, a criança já tem chances de sofrer tudo o que for causado no procedimento”, destacou. A ginecologista afirmou, ainda,que os profissionais aprendem a fazer o tipo de procedimento por conta dos abortos naturais.
Países que já liberaram o procedimento
As discussões envolvendo a descriminalização do aborto vêm ocorrendo em vários países do mundo. Em 2007, Portugal legalizou o procedimento sem restrições até a 10ª semana de gestação e, depois desse período, em casos de má-formação fetal, de estupro ou de perigos à vida ou à saúde da mãe.
Na Espanha, lei com termos semelhantes começou a vigorar no ano passado. No México, a legislação é estadual e a Cidade do México passou a permitir, em 2007, o aborto sem restrições de motivos até 12 semanas de gravidez. Na Colômbia, a Corte Constitucional determinou em 2006 que o aborto é legítimo em casos de estupro, má-formação fetal ou de riscos para a vida da mãe.
O procedimento também é liberado na Holanda. O Japão foi um dos primeiros países a legalizar o aborto em 1948. No Brasil o aborto é considerado crime, exceto em duas situações: de estupro e de risco de vida materno.
Mulher fez opção por aborto
A dona de casa Raquel (nome fictício) que, atualmente, tem 30 anos, relatou que optou por passar por um aborto quando tinha 14 anos.
Ela disse que engravidou do primeiro namorado, que era cinco anos mais velho. Quando soube da notícia, o rapaz não quis mais continuar o relacionamento e afirmou que não iria assumir o filho.
“Eu era uma menina e ainda estava estudando. Esta foi a minha primeira experiência amorosa e sexual. Para mim era um namoro sério, mas vi que para ele não era”, disse.
De acordo com Raquel, a gravidez só foi detectada quando já estava completando dois meses. “Eu estava triste por ter sido abandonada e morrendo de medo de meu pai saber de alguma coisa”, destacou.
Influenciada por colegas da escola e com o apoio de uma tia, a moça decidiu comprar um remédio para abortar. O pai da criança, pressionado pela tia de Raquel, pagou o medicamento. A dona de casa apontou, ainda, que dois dias após o diagnóstico da gravidez tomou o medicamento. Segundo a moça, depois de tomar as pílulas foi dormir e passou a tarde inteira e início da noite sentindo dor e sangrando muito.
“Minha tia teve que chamar uma ambulância, mas abandonei o pronto-socorro com medo de ser presa, porque o médico sabia o que eu tinha feito. Quando cheguei em casa, a criança desceu. Fiquei alguns minutos olhando para ela, estava quase toda forma da. Fiquei muito triste”, lembrou.
Atualmente, Raquel tem dois filhos e informou que enfrentou uma série de problemas de saúde nas gestações por conta do procedimento pelo qual passou. Ela destacou que hoje se arrepende da decisão que tomou. “Se meu primeiro namorado tivesse me apoiado eu não teria tirado a criança”, declarou.
Fonte: A Critica.com
Linguagem pró-vida comum é essencial, destaca padre Lodi da Cruz
O presidente do Pró-Vida de Anápolis (GO), padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, abordou o tema "Linguagem: unidade conceitual na defesa da vida" nesta sexta-feira, 4, durante o II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida, promovido pela Human Life International no Mosteiro de São Bento, em São Paulo.
"Para a eficácia na luta em defesa da vida, não bastam as boas intenções. Todos devem ter conceitos claros das ideias que defendem e usar termos corretos para defendê-las. O emprego de uma única linguagem pró-vida é essencial para a nossa vitória", reforçou.
Padre Lodi abordou a situação do nascituro e do aborto no direito positivo brasileiro. Ele lembra que, no Brasil, o aborto nunca é permitido ou legalizado. "O Código Penal não fala em 'permissão'. Sua redação é 'não se pune'. Essa distinção é importantíssima. Se o Código Penal pudesse 'permitir' a morte deliberada e direta de um inocente (como é o caso do aborto diretamente provocado), a Constituição poderia ser lançada no cesto de lixo. De que valeria a 'inviolabilidade do direito à vida' garantida solenemente pela Carta Magna (art. 5º, caput)?", questiona. No Brasil, não há aborto permitido ou legal. Todo o aborto é sempre crime, mas, em alguns casos, ele não se pune (como no estupro ou quando a mulher corre risco de vida).
Outra afirmação recorrente é a de que o "nascituro não é pessoa", argumento baseado no artigo 2º do Código Civil - "a personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro".
"Mas a primeira parte desse texto tornou-se inaplicável por conflitar com o Pacto de São José da Costa Rica — assinado e ratificado pelo Brasil sem reservas — que garante ao nascituro o reconhecimento de sua personalidade 'desde o momento da concepção'. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que esse Tratado Internacional 'torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante'. Tornou-se inaplicável, assim, o artigo 652 do Código Civil (que admite a prisão do depositário infiel) e a primeira parte do artigo 2º do Código Civil (que não reconhece a personalidade do nascituro)", esclarece o sacerdote.
Logo, afirmar que o nascituro é pessoa é uma relidade jurídica vigente. Assim, se é pessoa, também possui direitos atuais - e não meras expectativas de direitos.
Por sua vez, os defensores do aborto — que aliás não têm compromisso com a verdade — são unânimes nos termos, na linguagem e nos argumentos empregados: O nascituro não é pessoa. Só tem expectativa de direitos. No Brasil, o aborto é legal quando não há outro meio para salvar a vida da gestante. Também é legal quando a gravidez resulta de estupro. Em tais hipóteses, a prática do aborto é um direito da gestante e um dever do Estado.
Para fins de comparação, padre Lodi propõe a seguinte tabela comparativa com termor mais adequados à causa pró-vida:
LINGUAGEM PRÓ-ABORTO |
LINGUAGEM PRÓ-VIDA |
Feto, embrião, concepto, produto conceptual |
Bebê, criança, nascituro |
Um ente humano em potencial |
Um ente humano com um grande potencial |
Ter neném, ganhar neném, tornar-se mãe |
Dar à luz |
Esperar neném |
Esperar o nascimento do neném |
Será que ele vai ser um menino? |
Será que ele é um menino? |
Parabéns à futura mamãe! |
Parabéns à mamãe! |
Ele só tem um dia de vida! |
Ele só tem um dia de nascido! |
Hoje completei 40 anos de vida |
Hoje completei 40 anos de vida extra-uterina |
Interromper a gravidez |
Matar a criança |
Impedir que venha ao mundo uma criança deficiente |
Matar uma criança deficiente que já está no mundo |
Fazer planejamento familiar |
Praticar a continência periódica |
Oferecer educação sexual |
Oferecer educação para a castidade |
O aborto só pode ser admitido como meio para salvar a vida da gestante |
O aborto nunca pode ser admitido, nem como fim, nem como meio. A morte do inocente pode às vezes ser tolerada como um segundo efeito de um ato bom |
O aborto é permitido por lei em dois casos: se não há outro meio para salvar a vida da gestante e se a gravidez resulta de estupro (art. 128, Código Penal) |
O aborto é proibido por lei em todos os casos. A pena não é aplicada em dois casos, após o fato já praticado, mas não há permissão prévia para abortar |
Um juiz pode dar autorização para abortar. Então o aborto se torna legal |
Se um juiz der “autorização” para abortar, ele se torna co-autor do crime de aborto |
Fonte: Canção Nova